As pesquisas mais recentes mostraram o crescimento do trabalho remoto no Brasil.
Segundo a
pesquisa “O Futuro do Trabalho no Brasil” feita em 2022 pela IDC Brasil por
solicitação do Google Workspace, a adoção do modelo hibrido para o trabalho saltou
de 44% em 2021 para 56% em 2022. A adoção do modelo totalmente presencial caiu
de 29% em 2021 para 25% em 2022 (A pesquisa completa está publicada no endereço
https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/estrategias-de-marketing/dados-e-mensuracao/trabalho-hibrido-pesquisa-brasil/).
Segundo a
pesquisa do instituto Datafolha feita entre 19 e 20 de dezembro de 2022, 52%
dos brasileiros querem trabalhar no modelo totalmente remoto ou híbrido.
Recentemente
a Bayer do Brasil, divulgou que 100% da área administrativa, ou seja, 60% da
mão de obra total podem trabalhar em um modelo em que os colaboradores podem ir
para o escritório uma vez por mês.
O mercado
de trabalho brasileiro está claramente rompendo com os paradigmas ultrapassados
e caminhando para uma gestão mais moderna e atuante.
É claro
que a rosa do trabalho hibrido tem alguns espinhos. As empresas estão em um
momento de transição cheio de desafios e aprendizados.
Um dos
desafios do trabalho remoto é a participação em situação de igualdade nas
reuniões de trabalho dos presenciais e remotos.
Em muitas
empresas multinacionais as conferências por áudio ou vídeo fazem parte da
rotina por mais de vinte anos. No entanto, as empresas nacionais romperam o
paradigma do presencial muito recentemente, por isto mais de 70% dos
entrevistados nas pesquisas entendem que as reuniões são mais produtivas no
modelo presencial.
É comum
encontrar a situação em que os colaboradores vão para o escritório apenas
porque a liderança está trabalhando presencialmente.
Um outro
espinho é a legislação tributária e trabalhista do local onde o colaborador
está trabalhando. Existem situações que geram multas fiscais e trabalhistas que
devem ser gerenciadas pela empresa.
O Brasil
pode conquistar um grande salto de produtividade com a adoção do modelo do
trabalho híbrido. Profissionais competentes e experientes podem trabalhar para
empresas fisicamente distantes e criar um ciclo continuo de melhoria
empresarial.
Uma lacuna
que existe no trabalho remoto que precisa ser adequadamente gerenciada com urgência
é a possibilidade do profissional trabalhar para empresas concorrentes e gerar
conflitos éticos.