terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Segunda década do século XXI

Em poucos dias a segunda década do século XXI se encerrará. O Brasil mais uma vez está colhendo resultados medíocres em termos de crescimento da riqueza nacional,

 

Assumindo que o PIB do Brasil cairá 4,5% em 2020, o crescimento do PIB na década será de pífios 2,2%. Como o crescimento da população estimado pelo IBGE é de 8,7% para o mesmo período então a renda per capita caiu dramaticamente.

 

O PIB brasileiro fechará o ano de 2020 em R$ 7,221 trilhões, ou seja, renda per capita de R$ 34.101 para cada residente do país. A renda per capita em valores corrigidos era de R$ 36.245 ao final do ano de 2010. Em outras palavras ela caiu 5,9% em uma década.

 

A comparação da economia brasileira com a do resto do mundo não deixa dúvidas sobre a mediocridade das nossas políticas públicas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que o PIB global crescerá 30,5% na segunda década do século XXI. Neste mesmo período a estimativa é de crescimento de 2,2% para o PIB brasileiro.

 

Não é difícil ver as consequências de escolhas equivocadas. Diversos conglomerados empresariais gigantes saíram do Brasil durante esta década. Só este ano formam dezenas de empresas transnacionais. Centenas de milhares de empregos foram embora graças ao caminho escolhido pelo Brasil.

 

Infelizmente a década está nos seus últimos suspiros e ainda não foi entendido pelos nossos “especialistas” as causas do fracasso brasileiro. Inexiste a percepção nas terras tupiniquins (existem claras exceções) de que a indústria do software criou riqueza em todas as partes do mundo nesta década.

 

Os poucos que perceberam tal fenômeno cresceram exponencialmente nesta década, como exemplos podemos destacar a Magazine Luiza, o Nubank, a Hub Prepaid etc. São empresas que apostaram no software como ferramenta de geração de lucro superior.

 

Como o PIB per capita caiu na década, o crescimento do lucro das empresas que percebam as oportunidades habilitadas pela tecnologia aumentou a desigualdade existente no Brasil.

 

Como o investimento inicial em capital físico para o desenvolvimento de software é relativamente baixo, este perfil alavancou em milhares de vezes o dinheiro aplicado.

 

A indústria de software precisa mais de competência, capacidade e honestidade do que dinheiro. O Brasil perdeu a atual década porque em momento algum trabalhou o seu sistema educacional para desenvolver uma engenharia de bom nível.

 

O resultado é a mediocridade atual e uma provável nova mediocridade na terceira década do século XXI.

 

Nos próximos anos o lucro e, portanto, o emprego, imposto etc. estará colado com a Inteligência Artificial. Será mais um caso em que a competência, a capacidade e a honestidade criarão oportunidades de crescimento exponencial para as empresas.

 

A engenharia será crucial para o crescimento da riqueza individual e coletiva dos países. Da mesma forma em que existiram milhares de avisos na primeira década do século XXI sobre a importância do software para os negócios, existem avisos sobre o impacto da Inteligência Artificial na geração de riqueza e empregos.

 

Hoje o software é a ferramenta que habilita as vendas do varejo, indústria, serviços etc. Em pouco tempo este papel será da Inteligência Artificial. Os seus treinadores serão os responsáveis pelo sucesso ou fracasso.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Lições apreendidas. Carrefour

Nos artigos “Carrefour de novo? Essa não” (http://itgovrm.blogspot.com/2020/11/carrefour-de-novo-essa-nao.html, acessado em 09/12/2020) e “Sim. Sim é o emprego” (http://itgovrm.blogspot.com/2019/02/sim-sim-e-o-emprego.html) foram revelados os prejuízos milionários causado pelos pejotinhas em 2020 e em 2018 para o Carrefour.

 

O Carrefour perdeu milhões de reais com boicotes e com as medidas de contenção dos danos causados por seguranças pejotizados. O capital intelectual inadequado gerou uma perda gigantesca da produtividade do negócio.

 

Existem no brasil, milhares de casos em que os pejotinhas causaram prejuízos milhares de vezes maiores do que a economia gerada pela terceirização ou quarteirização.

 

Felizmente a alta administração do Carrefour entendeu que o modelo de menor custo no curto prazo e maior custo no longo prazo não gera resultado positivo para a empresa, por isto foi anunciado que o Carrefour vai deixar de usar seguranças terceirizados (Carrefour anuncia que vai deixar de usar seguranças terceirizados, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/12/carrefour-anuncia-que-vai-deixar-de-usar-segurancas-terceirizados.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail).

 

Caso o foco das contratações seja a competência, a capacidade e a honestidade então o resultado será positivo, caso contrário, será apenas mais do mesmo, ou seja, perdas e prejuízos.