Em geral os mandatários no Brasil adoram um atraso. Quanto maior for ineficácia da proposta mais ela é desejada pelos políticos nacionais.
A maioria
dos políticos partidários das ideias do atual governo federal adora um atraso.
É impressionante como saem das suas cabeças propostas sem fundamento. São
soluções do milênio passado.
O artigo
“Alunos se recusam a assistir a aulas pela TV em escolas estaduais do Paraná” (https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2022/04/alunos-se-recusam-a-assistir-aulas-pela-tv-em-escolas-estaduais-do-parana.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail, acessado em
26/04/2022) revelou que a cultura do atraso está enraizada na cabeça dos nossos
mandatários.
Estamos
em 2022 e existem tecnologias baratas e funcionais para saber se o aluno está
prestando atenção na aula, se ele está entendendo o assunto, se é necessário um
conteúdo personalizado para ele, se ele precisa da atenção personalizada do
instrutor etc. e o governador do Paraná adepto das ideias do péssimo governo
federal gasta o suado dinheiro do povo em uma solução com recursos educacionais
do milênio passado?
É
evidente que os alunos que vivem neste milênio iriam recursar aulas num sistema
chinfrim como aulas via comunicação unidirecional da televisão. É o mesmo que
muitos estão fazendo ao oferecer um livro escaneado sem interatividade alguma e
chamar isto de livro digital.
Os
estudantes que vivem no ano de 2022 querem contar com os recursos bons e
baratos da tecnologia deste milênio. Está mais do que na hora de atualizar o
calendário. Não é possível apresentar propostas que usam a tecnologia de 1980.
A cultura
do atraso está em todos os lugares da economia nacional. Ela está ´presente até
mesmo em setores de PIB elevado. Fiquei surpreso ao ler o artigo “Apesar de
avanços, mais de 70% das propriedades rurais vivem sem conectividade no país“ (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/04/apesar-de-avancos-mais-de-70-das-propriedades-rurais-vivem-sem-conectividade-no-pais.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail).
As máquinas
agrícolas deste milênio oferecem ao campo enormes ganhos de produtividade e
reduções fortes dos custos. Só que para funcionar elas precisam de conexão na rede
da internet.
Sem a
conectividade, os ganhos oferecidos pelos sistemas agrícolas modernos são
perdidos e os agricultores veem o seu dinheiro indo para o lixo. Em um país em
que cerca de 30% da safra é desperdiçada por perdas e ineficiências é muito
grave estarmos em 2022 sem conectividade nas fazendas.
O artigo “Inflação
da feira de até 166% assusta consumidores e esvazia carrinhos” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/04/inflacao-da-feira-de-ate-166-assusta-consumidores-e-esvazia-carrinhos.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail)
revelou que a incompetência do governo federal gerou uma inflação monstruosa e
que é de fundamental importância obter ganhos de produtividade da safra para
manter algum nível de qualidade de vida para os trabalhadores brasileiros.
É preciso
ser muito do atrasado para estrar na frente de um governo em que mais de 70%
das propriedades rurais não tem acesso à internet.
Nestes últimos
anos, a cultura do atraso alcançou patamares nunca visto na história do povo
brasileiro. É ridículo ver uma deputada federal defender a tese de que uma rede
social privada americana deve dar espaço para as suas opiniões. Se a deputada
quer um espaço para divulgar as suas opiniões ela que crie uma rede social. É baratinho.
Redes sociais começaram com orçamento abaixo de 10 mil dólares. Só precisa ter competência,
capacidade e honestidade.
O resultado
da cultura do atraso pode ser visto no artigo “Furtos e roubos disparam em SP e
se aproximam de nível pré-pandemia” (https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/04/furtos-e-roubos-disparam-em-sp-e-se-aproximam-de-nivel-pre-pandemia.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail).
O resultado da incompetência, incapacidade e desonestidade é mais incompetência,
incapacidade e desonestidade.
No Brasil
diversos produtos estão listados entre os mais caros do mundo em dólar. Isto
ocorre porque inexiste capacidade de gestão do país.
O Brasil
deveria estar comemorando um elevado crescimento da lucratividade do
agronegócio e está se debatendo por custos crescentes porque inexistem as
condições para explorar as oportunidades geradas pelas tecnologias boas e
baratas deste milênio.