Recentemente um americano escreveu um livro infantil em poucas horas. Ele usou uma plataforma de inteligência artificial de texto para escrever o texto e um gerador de arte por inteligência artificial para criar as ilustrações.
O livro
foi publicado na livraria digital da Amazon e a plataforma de inteligência artificial
de texto escreveu a descrição do livro.
Nos
primeiros dias de janeiro de 2023, foram vendidas várias centenas de copias do
livro, no entanto, no final da primeira semana de janeiro as vendas foram interrompidas
porque o autor foi acusado de plágio.
Este é um
bom momento para parar a leitura e refletir sobre a questão do plágio via inteligência
artificial.
As plataformas
de inteligência artificial são treinadas com o conteúdo disponível no mercado e
os usuários precisam conhecer se o conteúdo usado no treinamento foi autorizado
pelos respectivos autores.
Poderemos
ter milhões de processos na justiça nos próximos anos por causa do cenário
obscuro da autorização do conteúdo no treinamento da inteligência artificial.
É preciso
que exista o entendimento sobre as questões éticas relacionadas com a inteligência
artificial (IA). É preciso respeitar e remunerar o talento, a habilidade e o trabalho
duro dos artistas e dos demais envolvidos no treinamento de uma IA.
No caso
do americano, inexistem informações sobre como foi o treinamento das
plataformas de inteligência artificial. Se os autores dos conteúdos autorizaram
a sua utilização no treinamento da IA, então eu entendo que não houve plágio.
Se os
autores dos conteúdos não autorizaram a sua utilização no treinamento da IA, então
eu entendo que houve plágio.
A justiça
precisa urgentemente se posicionar sobre este assunto, pois o crescimento
exponencial do uso da IA na produção de textos, artigos , petições jurídicas etc.
vai trazer à tona uma enorme disputa comercial entre os membros do ecossistema
da IA.