Em
2019 faz cinquenta anos que homem chegou na lua. É difícil imaginar como tal
feito foi realizado com os computadores da época. O nosso smartphone mais
simples é milhões de vezes mais potente que os computadores de bordo da missão Apollo
11.
Feito
o destaque para um dos momentos mais marcantes da humanidade é preciso voltar
ao planeta Terra e mais uma vez voltar à carga das falácias proferidas pelos
geniais gênios brasileiros.
É
fato que a reforma da previdência foi aprovada e não estamos vendo o Brasil
sendo inundado por capital estrangeiro e entrando em ciclo de crescimento. Mais
uma vez a realidade desmente os mercadores de tolices. Foi assim com a reforma
da CLT.
Muitos
magos do apocalipse vivem atacando a CLT e os seus penduricalhos. Estes mágicos
do ocultismo das ciências econômicas afirmam que as leis trabalhistas
brasileiras protegem demais os trabalhadores e impedem a criação de novos
empregos.
Em
nenhum momento, os mercadores de falácias explicam por que os brasileiros com
tantos benefícios trabalhistas insistem em querer trabalhar legalmente ou não
nos Estados Unidos, Europa e Canadá. Parece loucura abandonar a proteção
infinita da CLT.
Também
não existem explicações por que os americanos, europeus e canadenses não vem
para o Brasil para trabalhar legalmente ou não para receber os benefícios e
penduricalhos infinitos da nossa lei trabalhista.
Um
fato recente que é obviamente um viés da confirmação chamou minha atenção. No
artigo “Análise: Cortes na Globo eram previstos; investimentos também” (https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/ooops/2019/07/14/analise-cortes-em-equipes-da-tv-globo-ja-eram-previstos.htm, acessado em xx/xx/2019)
foi afirmado que:
Há dois temores dos profissionais em aceitar
essa mudança, como o site Notícias da TV informou no mês passado: a aparente
redução do ganho líquido, no caso de mudança de PJs para celetistas; o temor
que, após aceitarem a mudança, a emissora demita a todos e pague apenas por
efêmeros direitos trabalhistas
Em
outras palavras, os funcionários da TV Globo estão pedindo demissão, porque não
estão interessados em receber os generosos benefícios infinitos da CLT. Definitivamente
estamos vivendo um momento de extremada loucura. Os trabalhadores da maior
emissora de televisão do Brasil preferem trabalhar em outra emissora do receber
pela CLT. Provavelmente eles temem ficarem mal-acostumados com tantos
benefícios e penduricalhos.
É
impressionante a quantidade de vezes que os doutores repetem as mesmas teorias
falaciosas. Para os mercadores, se os fatos desmentem as suas teorias
mirabolantes, ora danem-se os fatos. O bom senso já foi para as cucuias há
muito tempo.
O
ministro que afirmou em 2018 que iria zerar o déficit público em 2019, pediu
crédito suplementar que aumentou o déficit em 2019. Esta mesma potência
intelectual disse que após a reforma da previdência os investimentos
estrangeiros iriam encher as nossas burras e gerar crescimento espetacular. Não
estamos vendo nenhum espetáculo do crescimento.
O
supercérebro vem agora com mais uma das suas
máximas. O artigo “Governo finaliza reforma tributária e discute imposto sobre
transação, diz Guedes “ (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07/governo-finaliza-reforma-tributaria-e-discute-imposto-sobre-transacao-diz-guedes.shtml) revelou que o ministro
proferiu a seguinte afirmação: “Os encargos sobre folha de pagamento são um
imposto cruel, perverso, cria milhões de desempregados no Brasil”.
Mais
uma vez os fatos baseados em números reais desmentem a mirabolante teoria dos
encargos sobre a folha de pagamentos. O artigo “Desoneração da folha de
pagamento não tem efeito, diz Ipea” (https://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercadoaberto/2018/01/1953811-desoneracao-da-folha-de-pagamento-nao-tem-efeito-diz-ipea.shtml) revelou as seguintes
afirmações:
·
A desoneração da folha de pagamentos, medida que foi
implementada a partir de 2011 cujo propósito era influenciar o volume de
empregos, é ineficiente, aponta estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada)
·
"Há ausência de efeito. A lei não gerou vagas",
diz Felipe Garcia, um dos economistas que assinam a pesquisa, que usou
informações do Ministério do Trabalho
·
Estatística
descritiva do volume de emprego: Antes desoneração = 32,72. Depois desoneração
= 32,77
Conclusão,
segundo o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a desoneração da
folha de pagamento (substituição da contribuição patronal de 20% para a previdência
social por alíquota entre 1% e 2% do faturamento) não gerou mais empregos no
Brasil. Ou seja, continuamos com muito blábláblá e pouco fato.
É
interessante como o supercérebro trabalha o imaginário coletivo. A sua equipe
econômica afirmou que o setor de serviços (70% do PIB) só apoia a reforma tributária
se a folha de pagamentos for desonerada (Deputados desdenham criação de imposto
único na reforma tributária, https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/07/17/deputados-desdenham-criacao-de-imposto-unico-na-reforma-tributaria/).
A reforma da previdência está sendo feita para reduzir o seu déficit. Causa espécie
uma proposta que reduza a arrecadação de algo que é deficitário.
O
artigo “Governo quer estimular opção por novo modelo de saque anual do FGTS” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07/bolsonaro-diz-que-multa-de-40-do-fgts-inibe-criacao-de-empregos.shtml)
revelou a seguinte afirmação do atual presidente do Brasil:
O pessoal não emprega mais por causa da multa.
É quase impossível ser patrão no Brasil
Mais
uma vez os fatos desmentem as teorias mirabolantes dos geniais gênios brasileiros.
A multa de 40% do FGTS foi imposta pela constituição de 1988. Ela é paga pelo
empregador em caso de demissão sem justa causa. O artigo “FGV: Mercado de
trabalho vive situação de pleno emprego” publicado em 17 de janeiro de 2014 (https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fgv-mercado-de-trabalho-vive-situacao-de-pleno-emprego,175625e)
revelou a afirmação do economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da
Fundação Getúlio Vargas (FGV):
O mercado de trabalho continua aquecido e o
País ainda vive uma situação de pleno emprego
Em
outras palavras, Brasil já vivenciou situação de desemprego muito baixo existindo
a multa de 50% do FGTS. Os fatos mostram que o pessoal empregou mais do que em
2019 e que não era impossível ser patrão no Brasil. Para não ficar só no blábláblá
dos mercadores de falácias vamos para os fatos do porquê os empregos abandonaram
o Brasil varonil.
O
artigo “Entra e sai em instituições como BNDES e Embrapa freia inovação, diz
MIT” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/07/entra-e-sai-em-instituicoes-como-bndes-e-embrapa-freia-inovacao-diz-mit.shtml)
revelou que a elevada rotatividade dos executivos que lideraram as principais
instituições públicas responsáveis por inovação no Brasil entre 1985 e 2016
gerou perda de foco. A elevada rotatividade da mão de obra nos setores
promissores também contribuiu para os resultados pobres.
O
artigo “Velho aos 35? A obsessão de contratar nativos digitais é um risco para
a inovação” (https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2019/07/velho-aos-35-obsessao-de-contratar-nativos-digitais-e-um-risco-para-inovacao.html)
revelou que o bom e velho preconceito contra o cabelo branco no Brasil impediu
a criação de inovações geradoras de riqueza e emprego.