Em poucos dias a segunda década do século XXI se encerrará. O Brasil mais uma vez está colhendo resultados medíocres em termos de crescimento da riqueza nacional,
Assumindo
que o PIB do Brasil cairá 4,5% em 2020, o crescimento do PIB na década será de pífios
2,2%. Como o crescimento da população estimado pelo IBGE é de 8,7% para o mesmo
período então a renda per capita caiu dramaticamente.
O PIB
brasileiro fechará o ano de 2020 em R$ 7,221 trilhões, ou seja, renda per capita
de R$ 34.101 para cada residente do país. A renda per capita em valores
corrigidos era de R$ 36.245 ao final do ano de 2010. Em outras palavras ela
caiu 5,9% em uma década.
A
comparação da economia brasileira com a do resto do mundo não deixa dúvidas
sobre a mediocridade das nossas políticas públicas. O Fundo Monetário
Internacional (FMI) estimou que o PIB global crescerá 30,5% na segunda década do
século XXI. Neste mesmo período a estimativa é de crescimento de 2,2% para o
PIB brasileiro.
Não é difícil
ver as consequências de escolhas equivocadas. Diversos conglomerados
empresariais gigantes saíram do Brasil durante esta década. Só este ano formam
dezenas de empresas transnacionais. Centenas de milhares de empregos foram
embora graças ao caminho escolhido pelo Brasil.
Infelizmente
a década está nos seus últimos suspiros e ainda não foi entendido pelos nossos “especialistas”
as causas do fracasso brasileiro. Inexiste a percepção nas terras tupiniquins (existem
claras exceções) de que a indústria do software criou riqueza em todas as
partes do mundo nesta década.
Os poucos
que perceberam tal fenômeno cresceram exponencialmente nesta década, como
exemplos podemos destacar a Magazine Luiza, o Nubank, a Hub Prepaid etc. São
empresas que apostaram no software como ferramenta de geração de lucro
superior.
Como o
PIB per capita caiu na década, o crescimento do lucro das empresas que percebam
as oportunidades habilitadas pela tecnologia aumentou a desigualdade existente
no Brasil.
Como o
investimento inicial em capital físico para o desenvolvimento de software é
relativamente baixo, este perfil alavancou em milhares de vezes o dinheiro aplicado.
A indústria
de software precisa mais de competência, capacidade e honestidade do que dinheiro.
O Brasil perdeu a atual década porque em momento algum trabalhou o seu sistema
educacional para desenvolver uma engenharia de bom nível.
O resultado
é a mediocridade atual e uma provável nova mediocridade na terceira década do século
XXI.
Nos próximos
anos o lucro e, portanto, o emprego, imposto etc. estará colado com a Inteligência
Artificial. Será mais um caso em que a competência, a capacidade e a
honestidade criarão oportunidades de crescimento exponencial para as empresas.
A engenharia
será crucial para o crescimento da riqueza individual e coletiva dos países. Da
mesma forma em que existiram milhares de avisos na primeira década do século XXI
sobre a importância do software para os negócios, existem avisos sobre o
impacto da Inteligência Artificial na geração de riqueza e empregos.
Hoje o
software é a ferramenta que habilita as vendas do varejo, indústria, serviços etc.
Em pouco tempo este papel será da Inteligência Artificial. Os seus treinadores
serão os responsáveis pelo sucesso ou fracasso.