Na última década do século XX, TI suportava o negócio das empresas, era um centro de custo e era considerado como um “mal necessário” por diversos executivos no Brasil.
Era
comum, existir na época políticas rígidas de corte de custos de TI e de
congelamento do orçamento de despesas e forte redução do orçamento de
investimentos. Nas crises empresariais, o primeiro lugar para fazer cortes era
na TI.
No começo
do século XXI, ocorreu a primeira grande consolidação da internet e TI avançou
um passo na sua importância estratégica para o negócio e passou a fazer parte
do negócio.
Neste
novo contexto, TI passou a ser vista como um centro de lucro e os investimentos
em TI estavam diretamente relacionados com o plano estratégico do negócio.
Na
segunda década do século XXI, a pandemia do novo coronavírus acelerou
fortemente a segunda grande consolidação da internet e TI passou a ser vista
como o negócio das empresas.
O
comercio eletrônico, as bets, a indústria automobilística etc. estão enxergando TI
como o negócio da empresa. No caso da indústria automobilística temos a venda de assinatura
mensal de aquecimento dos bancos, de suspensão adaptativa M, de controle de
cruzeiro adaptativo com função stop and go, de autopilot mais sofisticado, de serviços
de emergência, recuperação veicular, comandos remotos, bom samaritano etc.
Em todos
os casos citados acima toda a infraestrutura está instalada no veículo e o
usuário pode contratar (ativar) o serviço mediante o pagamento de uma
assinatura mensal ou um pacote fixo.
Estas indústrias
são atualmente fabricantes de softwares que vendem recursos de TI para os seus
clientes.
Como TI é
o negócio da empresa é natural que os profissionais de negócio assumam a sua condução,
por isto me causa espécie a reação de alguns profissionais de TI protestando
contra a situação da organização empresarial assumir as atividades relacionadas
com a inteligência artificial.
Alguns profissionais de TI insistem em usar atualmente as metodologias, os frameworks e os corpos de conhecimento criados para a era da previsibilidade do começo do século XXI.
Na era da incerteza que estamos vivemos após a pandemia do novo coronavírus é preciso usar uma outra caixa de ferramentas.
Eles estão
tentando encaixar um cilindro em quadrado. É evidente que a organização de
tecnologia não capaz de endereçar o time to market exigido pelo mercado.
A era da
incerteza é marcada pela agilidade, rapidez de resposta, produto mínimo viável
etc. e nada disto é possível usando as ferramentas da era da previsibilidade.
É mais
importante a capacidade de aprender uma nova tecnologia do que o conjunto de
conhecimento anterior. As áreas de negócio são focadas no time to market, por
isto elas estão desde 2020 conduzindo as funções do ambiente de TI.
Os
profissionais de TI que quiserem permanecer no mercado devem aprender com urgência
algo que eles já deveriam saber há décadas. É preciso falar a língua do
negócio.
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