quarta-feira, 17 de julho de 2024

TI (Tecnologia de Informações) é o negócio

Na última década do século XX, TI suportava o negócio das empresas, era um centro de custo e era considerado como um “mal necessário” por diversos executivos no Brasil.

 

Era comum, existir na época políticas rígidas de corte de custos de TI e de congelamento do orçamento de despesas e forte redução do orçamento de investimentos. Nas crises empresariais, o primeiro lugar para fazer cortes era na TI.

 

No começo do século XXI, ocorreu a primeira grande consolidação da internet e TI avançou um passo na sua importância estratégica para o negócio e passou a fazer parte do negócio.

 

Neste novo contexto, TI passou a ser vista como um centro de lucro e os investimentos em TI estavam diretamente relacionados com o plano estratégico do negócio.

 

Na segunda década do século XXI, a pandemia do novo coronavírus acelerou fortemente a segunda grande consolidação da internet e TI passou a ser vista como o negócio das empresas.

 

O comercio eletrônico, as bets, a indústria automobilística etc. estão enxergando TI como o negócio da empresa. No caso da indústria automobilística temos a venda de assinatura mensal de aquecimento dos bancos, de suspensão adaptativa M, de controle de cruzeiro adaptativo com função stop and go, de autopilot mais sofisticado, de serviços de emergência, recuperação veicular, comandos remotos, bom samaritano etc.

 

Em todos os casos citados acima toda a infraestrutura está instalada no veículo e o usuário pode contratar (ativar) o serviço mediante o pagamento de uma assinatura mensal ou um pacote fixo.

 

Estas indústrias são atualmente fabricantes de softwares que vendem recursos de TI para os seus clientes.

 

Como TI é o negócio da empresa é natural que os profissionais de negócio assumam a sua condução, por isto me causa espécie a reação de alguns profissionais de TI protestando contra a situação da organização empresarial assumir as atividades relacionadas com a inteligência artificial.

Alguns profissionais de TI insistem em usar atualmente as metodologias, os frameworks e os corpos de conhecimento criados para a era da previsibilidade do começo do século XXI.

Na era da incerteza que estamos vivemos após a pandemia do novo coronavírus é preciso usar uma outra caixa de ferramentas.

 

Eles estão tentando encaixar um cilindro em quadrado. É evidente que a organização de tecnologia não capaz de endereçar o time to market exigido pelo mercado.

 

A era da incerteza é marcada pela agilidade, rapidez de resposta, produto mínimo viável etc. e nada disto é possível usando as ferramentas da era da previsibilidade.

 

É mais importante a capacidade de aprender uma nova tecnologia do que o conjunto de conhecimento anterior. As áreas de negócio são focadas no time to market, por isto elas estão desde 2020 conduzindo as funções do ambiente de TI.

 

Os profissionais de TI que quiserem permanecer no mercado devem aprender com urgência algo que eles já deveriam saber há décadas. É preciso falar a língua do negócio.

 

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