A
Inteligência Artificial (IA) é uma nova área do conhecimento humano e por isto
precisa ser regulamentada para que o fluxo das inovações gere uma onda positiva
de resultados.
Em
breve, a maioria das companhias usarão os recursos da Inteligência Artificial e
das tecnologias relacionadas nas suas atividades rotineiras. Em outras
palavras, alguns humanos perderão os seus empregos para os computadores.
É
preciso, portanto, estabelecer um conjunto de políticas para governar a Inteligência
Artificial e assegurar a continuidade das inovações. Todos sabemos que a IA
revolucionará os negócios e as indústrias de todos tamanhos.
Se
a produtividade do capital investido for positiva, existe uma real chance da
economia local explorar o potencial das oportunidades e superar os desafios das
mudanças estruturais. A governança da IA precisa abordar os seguintes aspectos:
1.
Reconhecimento do trabalho cooperado
O
crescimento da fé pública nas tecnologias de IA está permitindo o avanço do seu
desenvolvimento responsável e sustentável. As entregas de resultados através do
uso da Inteligência Artificial precisam contemplar os pilares sociais de
transparência, explicabilidade, justiça e responsabilidade. Os governos devem
trabalhar em conjunto com o setor privado, com a academia e com a sociedade
civil para endereçar as questões éticas relacionadas com a IA. Ou seja,
proteção contra preconceitos, cumprimento dos direitos humanos e eliminação de
ações de vão contra os valores democráticos.
Conclusão,
é preciso criar um ambiente de negócio onde os processos que são executados
pelos múltiplos influenciadores geram um sistema operacional flexível,
transparente e aberto para as contribuições voluntárias.
2.
Compreensão das regras e regulamentações existentes
Todas
as ações executadas pela inteligência artificial devem obedecer às regras e
leis existentes. É preciso, portanto, registrar publicamente o cadastro do
treinador e desenvolvedor da IA. Eles são os responsáveis legais pelas
consequências das suas ações.
O
papel da governança é manter o foco nas especificidades do setor e remover ou
modificar as leis que inibem o desenvolvimento e uso da inteligência
artificial.
É
preciso evitar a criação de uma colcha de retalhos para a política de Inteligência
Artificial pelo nível administrativo da burocrática. É importante que a
indústria da IA colabore com os governos para que as políticas públicas
permitam o avanço das soluções e a interoperabilidade das tecnologias.
3.
Adoção da análise de risco para a governança
É
preciso incorporar uma análise flexível de risco nas políticas para assegurar
que o ambiente de desenvolvimento, entrega, e uso da inteligência artificial
seja excitante. Um caso de elevado risco do uso da IA não pode gerar uma
política que inviabilize o desenvolvimento de soluções para as situações de
baixo risco.
É
preciso reconhecer os papeis diferentes exercidos pelas companhias nos jogos
realizados no ecossistema da Inteligência Artificial para que o foco seja a criação
de uma solução viável que resolva os malefícios causados as pessoas pelo uso
das tecnologias de IA. A regulamentação da IA deve ser feita de forma
customizada e específica em relação aos impactos econômicos e sociais. É preciso
gerar benefícios concretos para a sociedade local.
4.
Investimento público e privado na pesquisa e desenvolvimento
A
governança deve estimular o investimento em pesquisa e desenvolvimento através
da participação do governo nos centros de negócios de Inteligência Artificial. O
governo deve promover uma estrutura flexível para governança pela criação de
diversos ambientes isolados de regulamentações.
É
também preciso definir as regras para o uso das plataformas de experimentação
(testbeds), dos fundos de pesquisa e desenvolvimento para que exista um ambiente
de estímulo para a criação de inovações. Para que o ecossistema de pesquisa e
desenvolvimento seja capaz de avançar na direção de tecnologias globais é
preciso que exista um clima de confiança entre os seus membros (empresas,
universidades, instituições de pesquisa e comunidade). Não podem existir
fronteiras físicas e lógicas neste meio ambiente.
5.
Criação de uma força de trabalho capacitada
Os
governos devem acompanhar as empresas, universidades e outros influenciadores
para permitir o desenvolvimento das competências e capacidades da forca de
trabalho para a economia da IA.
É
preciso assegurar que os trabalhadores estão prontos e adaptados para usar as
ferramentas de Inteligência Artificial conforme a necessidade. Os
desenvolvedores das políticas devem criar um ambiente de negócio onde os
talentos multidisciplinares são atraídos e retidos.
6.
Governança dos dados deve ser aberta e acessível
A
Inteligência Artificial exige o acesso para uma grande quantidade robusta e
coerente de dados para funcionar corretamente. As políticas de governança devem
disponibilizar quantidades substanciais de dados de fácil acesso em formato
estruturado e legível pelas máquinas para acelerar o desenvolvimento da IA. As
políticas devem também assegurar a apropriada segurança digital dos dados
usando as ferramentas de análise de riscos e de proteção da privacidade.
A
missão da governança da Inteligência Artificial é melhorar a qualidade e usabilidade
das informações digitalizadas, através da padronização e formatação dos dados.
É preciso trabalhar com recursos explicitados em um orçamento para cumprir este
objetivo.
7.
Criação regimes de privacidade robusto e flexível
As
proteções de privacidade transparentes e consistentes para a privacidade pessoal
compatíveis são um componente necessário para a Inteligência Artificial. Os procedimentos
usados para a proteção dos dados devem ser robustos e flexíveis para permitir a
captura, retenção e processamento dos dados para o desenvolvimento, preparação
e uso da AI. É preciso assegurar que todos os direitos de privacidade dos
consumidores estão sendo preservados.
8.
Proteção e promoção da inovação através de uma arquitetura avançada de
propriedade intelectual
O
governo deve respeitar e cumprir as regras de propriedade intelectual. A
governança da Inteligência Artificial deve suportar as abordagens de inovações
orientadas que reconhece as forças de um ecossistema aberto de IA.
O
governo não deve exigir que as empresas transfiram ou permitam o acesso aos
ativos de propriedade intelectual da IA (código fonte, algoritmos e conjunto de
dados).
9.
Fluxo de dados além das fronteiras físicas
Não
podem existir regras para restringir o fluxo dos dados, por exemplo, requisitos
de localização, barreiras para impedir o acesso aos mercados constituídos etc. As barreiras diminuem o investimento relacionado
com as inovações de IA e limitam o acesso para as tecnologias de Inteligência
Artificial. Os governos devem ter o compromisso de manter o fluxo de dados além
das fronteiras físicas dos países.
10.
Cumprimento dos padrões internacionais
Os
desenvolvedores das políticas devem reconhecer e suportar o desenvolvimento de
padrões internacionais. A governança deve alavancar e conduzir o
desenvolvimento de padrões para a indústria trabalhando com voluntários para
facilitar o uso e adoção das tecnologias de IA.
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