quarta-feira, 10 de março de 2021

Sua Majestade: “O Lucro”

Existe um princípio básico em qualquer gestão empresarial. O lucro do curto prazo não pode impactar negativamente o lucro do longo prazo.

 

O corolário acima pode ser traduzido da seguinte forma: O lucro do aqui e agora não pode ser obtido através da redução da qualidade entregue nos produtos ou serviços. A consequência da qualidade pobre nas entregas é o desaparecimento dos clientes.

 

Quando o cliente some, o lucro desaparece. Sempre o lucro desaparece antes da recuperação do investimento, o CNPJ morre. O falecimento de um negócio nestas condições gera um prejuízo que em geral é irrecuperável para o empreendedor.

 

É uma relação de causa e efeito simplória. Sem qualidade, sem lucro e sem retorno do capital investido. No Brasil a lista de morte prematura de CNPJs é enorme. Em praticamente todos os casos o empreendedor saiu do negócio mais pobre. Em diversos casos ele saiu fortemente endividado.

 

No dia 08 de março, um pequeno grupo de pessoas participaram de uma manifestação pedindo a reabertura do comercio em São Paulo. Este grupo não pedia nem por vacinas, nem por políticas que reduzam o desemprego recorde no Brasil. Eles apenas queriam o fim da fase vermelha no estado de São Paulo.

 

Devemos sempre respeitar todas as formas de pensamento. No entanto, também devemos explicitar a esquizofrenia de algumas manifestações.

 

O que estas pessoas estavam pedindo na verdade era um aumento do lucro de curto prazo em detrimento do lucro de longo prazo. O atual momento com hospitais lotados ficaria severamente agravado com a abertura do comercio. O colapso do sistema de saúde tem como consequência uma retração espontânea da mobilidade dos detentores da bufunfa.

 

Em outras palavras, em pouco tempo os donos do dinheiro deixariam de frequentar bares, restaurantes etc. levando o lucro destes estabelecimentos para a zona negativa.

 

Os empresários e empregados dotados de um invólucro intelectual adequado estão pedindo por mais vacinas, por políticas geradoras de empregos e por um maior rigor na fiscalização da fase vermelha.

 

A inteligência coletiva permite que a duração da fase vermelha seja curta e em pouco tempo todos os negócios voltarão para a zona do lucro de longo prazo sustentável. Como o lucro sustentável de longo prazo, os empregos aparecem, a riqueza é gerada e a sociedade evolui.

 

O artigo “'Realidade paralela': como é viver na Nova Zelândia durante a pandemia” (https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2021/03/07/realidade-paralela-como-e-viver-na-nova-zelandia-durante-a-pandemia.htm, acessado em 10/03/2021) revela como a inteligência coletiva produziu resultados significativos contra a pandemia e como o comercio ficou aberto gerando lucro de longo prazo.

 

Os números da Nova Zelândia são infinitamente melhores que os resultados alcançados pelo Brasil. O resultado alcançado em 2020 e 2021 pela nova Zelândia demonstra a exata dimensão do impacto da inteligência coletiva na produtividade de um país. Lá ninguém fez manifestação para acabar com o lookdown nos momentos agudos da pandemia.

 

Felizmente no Brasil, não temos apenas os mercadores do atraso. Temos também os mercadores do sucesso do lucro sustentável.

 

Em recente entrevista o diretor-presidente da Via Varejo afirmou: “Hoje, não necessita da loja para atuar” ('Estamos muito mais bem preparados', diz presidente da Via Varejo sobre novas restrições Casas Bahia deve manter ritmo mesmo com fechamento de lojas físicas, diz Roberto Fulcherberguer, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/03/estamos-muito-melhor-preparados-diz-presidente-da-via-varejo-sobre-novas-restricoes.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail).

 

É sempre positivo quando uma empresa do varejo popular tem a exata dimensão de como usar os seus recursos disponíveis para aumentar a sua produtividade durante a crise econômica causada pela pandemia e falta de inteligência coletiva.

 

Como o mar está para peixe, os exemplos de mercadores do sucesso do lucro sustentável estão crescendo durante a pandemia. O caso protagonizado pelo Cesar Pauxis, mostra mais um jovem brasileiro catapultando a sua ascensão profissional (Como brasileiro virou programador usando celulares quebrados Cesar Pauxis desafiou lógica e pobreza para se tornar um menino-prodígio na área de informática. Com apenas 17 anos, ele foi recrutado pela maior empresa brasileira de pagamentos eletrônicos, https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2021/03/09/como-brasileiro-virou-programador-usando-celulares-quebrados.ghtml).

 

É um orgulho enorme ver uma pessoa maximizando em larga escala os recursos disponíveis. Enquanto uns fazem manifestações outros ganham dinheiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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