Existe um princípio básico em qualquer gestão empresarial. O lucro do curto prazo não pode impactar negativamente o lucro do longo prazo.
O corolário
acima pode ser traduzido da seguinte forma: O lucro do aqui e agora não pode
ser obtido através da redução da qualidade entregue nos produtos ou serviços. A
consequência da qualidade pobre nas entregas é o desaparecimento dos clientes.
Quando o
cliente some, o lucro desaparece. Sempre o lucro desaparece antes da
recuperação do investimento, o CNPJ morre. O falecimento de um negócio nestas
condições gera um prejuízo que em geral é irrecuperável para o empreendedor.
É uma relação
de causa e efeito simplória. Sem qualidade, sem lucro e sem retorno do capital
investido. No Brasil a lista de morte prematura de CNPJs é enorme. Em praticamente
todos os casos o empreendedor saiu do negócio mais pobre. Em diversos casos ele
saiu fortemente endividado.
No dia 08
de março, um pequeno grupo de pessoas participaram de uma manifestação pedindo
a reabertura do comercio em São Paulo. Este grupo não pedia nem por vacinas, nem
por políticas que reduzam o desemprego recorde no Brasil. Eles apenas queriam o
fim da fase vermelha no estado de São Paulo.
Devemos
sempre respeitar todas as formas de pensamento. No entanto, também devemos
explicitar a esquizofrenia de algumas manifestações.
O que
estas pessoas estavam pedindo na verdade era um aumento do lucro de curto prazo
em detrimento do lucro de longo prazo. O atual momento com hospitais lotados ficaria
severamente agravado com a abertura do comercio. O colapso do sistema de saúde tem
como consequência uma retração espontânea da mobilidade dos detentores da bufunfa.
Em outras
palavras, em pouco tempo os donos do dinheiro deixariam de frequentar bares,
restaurantes etc. levando o lucro destes estabelecimentos para a zona negativa.
Os empresários
e empregados dotados de um invólucro intelectual adequado estão pedindo por
mais vacinas, por políticas geradoras de empregos e por um maior rigor na
fiscalização da fase vermelha.
A inteligência
coletiva permite que a duração da fase vermelha seja curta e em pouco tempo
todos os negócios voltarão para a zona do lucro de longo prazo sustentável.
Como o lucro sustentável de longo prazo, os empregos aparecem, a riqueza é
gerada e a sociedade evolui.
O artigo “'Realidade
paralela': como é viver na Nova Zelândia durante a pandemia” (https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2021/03/07/realidade-paralela-como-e-viver-na-nova-zelandia-durante-a-pandemia.htm,
acessado em 10/03/2021) revela como a inteligência coletiva produziu resultados
significativos contra a pandemia e como o comercio ficou aberto gerando lucro
de longo prazo.
Os números
da Nova Zelândia são infinitamente melhores que os resultados alcançados pelo
Brasil. O resultado alcançado em 2020 e 2021 pela nova Zelândia demonstra a
exata dimensão do impacto da inteligência coletiva na produtividade de um país.
Lá ninguém fez manifestação para acabar com o lookdown nos momentos agudos da
pandemia.
Felizmente
no Brasil, não temos apenas os mercadores do atraso. Temos também os mercadores
do sucesso do lucro sustentável.
Em
recente entrevista o diretor-presidente da Via Varejo afirmou: “Hoje, não
necessita da loja para atuar” ('Estamos muito mais bem preparados', diz
presidente da Via Varejo sobre novas restrições Casas Bahia deve manter ritmo
mesmo com fechamento de lojas físicas, diz Roberto Fulcherberguer, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/03/estamos-muito-melhor-preparados-diz-presidente-da-via-varejo-sobre-novas-restricoes.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail).
É sempre
positivo quando uma empresa do varejo popular tem a exata dimensão de como usar
os seus recursos disponíveis para aumentar a sua produtividade durante a crise econômica
causada pela pandemia e falta de inteligência coletiva.
Como o
mar está para peixe, os exemplos de mercadores do sucesso do lucro sustentável
estão crescendo durante a pandemia. O caso protagonizado pelo Cesar Pauxis,
mostra mais um jovem brasileiro catapultando a sua ascensão profissional (Como
brasileiro virou programador usando celulares quebrados Cesar Pauxis desafiou
lógica e pobreza para se tornar um menino-prodígio na área de informática. Com
apenas 17 anos, ele foi recrutado pela maior empresa brasileira de pagamentos
eletrônicos, https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2021/03/09/como-brasileiro-virou-programador-usando-celulares-quebrados.ghtml).
É um
orgulho enorme ver uma pessoa maximizando em larga escala os recursos disponíveis.
Enquanto uns fazem manifestações outros ganham dinheiro.
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