Nos últimos anos, tanto os negacionistas estão assumindo o papel de protagonistas em diversos setores da sociedade através da publicação de afirmações incompatíveis com a realidade dos fatos, quanto os “obviocionistas” estão virando especialistas em comportamento, tecnologia e negócio falando apenas o óbvio.
Em
recente evento sobre empresas iniciantes foi recomendado que os fundadores do
negócio tenham entendimento solido das finanças da sua empresa, falem olho no
olho com os investidores, respondam as perguntas e provocações com calma e coerência
e que busquem inicialmente os recursos de fundo perdido.
Sem sombra
de dúvida estamos falando de recomendações importantes, o único senão é que
todas elas já foram faladas milhares de vezes.
Em todos
os livros e artigos sobre plano de negócio é dito que o fundador da empresa precisa
saber se a operação da empresa iniciante é lucrativa ou deficitária antes de
apresentar uma proposta para os investidores.
São raros
os casos em que os autores dos livros e artigos sobre negócios não dizem que na
primeira rodada com os investidores é preciso oferecer uma participação pequena
da empresa para que tenha o que oferecer nas rodadas seguintes.
Estamos falando
de conhecimentos que estão sendo exaustivamente repetidos por décadas, por isto
eles fazem parte do óbvio no mundo dos negócios.
É bastante
preocupante quando o óbvio é dito e o autor é visto como o descobridor do caminho
para as américas.
Os negacionistas
estão atualmente presentes em todos os lugares e em geral eles negam fatos climáticos,
econômicos, comportamentais etc.
Recentemente
postei no blog artigos que afirmam que o negócio das empresas é o
desenvolvimento de software. O artigo “Montadoras tradicionais estão em
desvantagem na corrida pelos softwares automotivos” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/09/montadoras-tradicionais-estao-em-desvantagem-na-corrida-pelos-softwares-automotivos.shtml,
acessado em 01/10/2024) revelou um estudo que afirmou que as montadoras estão procurando
desenvolvedores nas empresas de tecnologia, estão investindo bilhões de dólares
no desenvolvimento de software e acreditam que até 2040 cerca de 40% (20
trilhões de dólares) das receitas da indústria automotiva virá dos serviços de
assinatura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário