Em 1987 o Robert M. Solow (ganhador do Nobel de economia) declarou "Você pode o computador em todos os lugares, menos nas estatísticas de produtividade", e no ano 2000 ele declarou "Agora você pode ver os computadores nas estatísticas de produtividade". Fonte: Productivity data finally shows impact of Computers, https://journalrecord.com/2000/03/productivity-data-finally-shows-impact-of-computers/, acessado em 23/10/2024.
Em 2024,
o Acemoglu (ganhador do Nobel de economia) estimou em 0,53% o ganho de
produtividade ao final de dez anos gerado inteligência artificial. Fonte: Acemoglu,
Nobel de Economia, crê que impacto de IA na produtividade é baixo.
Produtividade de quem?, https://investnews.com.br/colunistas/acemoglu-nobel-de-economia-cre-quem-impacto-de-ia-na-produtividade-e-baixo-produtividade-de-quem/.
Discordar
de prêmio Nobel é sempre uma tarefa inglória. A chance de ser desmentido é
gigantesca, pois estamos falando de grandes autoridades do conhecimento humano.
O Acemoglu chegou aos 0,53% usando a estimativa de que
20% das tarefas podem ser automatizadas e que 23% delas gerariam
lucro se automatizadas. O resultado (4,6%) deve ser multiplicado pela economia
real gerada Inteligência Artificial (IA), ou seja, cerca de 15%.
É sem
sombra de dúvida uma ducha de água fria para os desenvolvedores e investidores
em IA que estão buscando por resultado muito mais promissores.
Nada
impede que o Acemoglu, faça como o Solow e revise no futuro, o resultado
esperado de ganho de produtividade gerado pela inteligência artificial.
Em particular
eu entendo a validade do resultado como ganho geral da economia, mas acredito
que é preciso adicionar outros componentes nesta equação para avaliar o
resultado de médio e longo prazo.
A IA é
uma das raras tecnologias existentes em que o resultado depende da sabedoria e
conhecimento do operador, ou seja, na média podemos ter ganho de 0,53%, mas na
distribuição de pontos teremos casos com resultados muito melhores.
A conta
da média, não considera a gigantesca diferença do resultado alcançado em função
do conhecimento acumulado do operador. Esta diferença será incorporada por
empresas e países que tenham recursos humanos de elevada sapiência.
Nestes
casos, os ganhos de produtividade das pessoas serão repassados para as empresas
e países e gerarão resultados globais de elevada monta.
O repasse
do ganho de produtividade significa que o funcionário passa a usar o ganho de
tempo na execução de novas atividades corporativas e por isto as empresas e países
conseguem o famoso fazer mais com menos.
No caso das
pessoas com dificuldades de conhecimento e sabedoria o resultado do uso da IA
será praticamente o mesmo que o obtido com as ferramentas atuais (não
inteligentes), pois apenas com melhores perguntas teremos melhores respostas.
Nestes casos,
eu entendo que o resultado de 0,53% será o ganho alcançado de produtividade.
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