Foi publicado recentemente o artigo “Brasileiro mais escolarizado vê renda desabar e cai na informalidade. Em 10 anos, quem estudou mais perdeu até 16,7% nos rendimentos, segundo dados do IBGE” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/09/brasileiro-mais-escolarizado-ve-renda-desabar-e-cai-na-informalidade.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo, acessado em 06/09/2023).
Este blog
alertou em diversos momentos que este fenômeno iria acontecer mais cedo ou mais
tarde na economia brasileira se os péssimos projetos dos governos e da
iniciativa privada continuassem a serem feitos.
A abundância
de péssimos projetos levou o país para a direção de geração mínima de postos de
trabalho qualificados e como o salário é regulado de uma forma ou de outra no
setor publico e privado pela lei da oferta e demanda, o resultado foi um
excesso de oferta e uma brutal perda de renda dos profissionais mais
qualificados do Brasil.
O artigo “Montadoras
preparam proposta com base ambiental para limitar importações de veículos. Ideia
atinge marcas chinesas que trazem carros híbridos e elétricos isentos de
impostos” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/09/montadoras-preparam-proposta-com-base-ambiental-para-limitar-importacoes-de-veiculos.shtml)
mostra mais uma péssima ideia.
Mais uma vez,
existe uma articulação para reduzir a competição no mercado nacional impedindo
a presença de empresas qualificadas que fazem mais e melhor.
No passado,
os geniais gênios brasileiros criaram a lei de reserva de mercado de informática
para proteger a indústria nacional. Cadê a indústria nacional de informática em
2023?
No
Brasil, as pessoas de diversas formações ou sem formação alguma, acham que são
especialistas em todos os assuntos do conhecimento da humanidade.
Muitos vaticinaram
que a perda de renda dos mais escolarizados é fruto do capitalismo. São pessoas
que brigam contra os fatos, pois nos Estados Unidos (um país capitalista) a
renda dos mais escolarizados aumentou nos últimos dez anos.
Outros gênios,
que primam pelas falácias, afirmaram que a queda de renda era fruto da
automação. No Brasil, a automação ainda é embrionária em diversas empresas
(estudos da Confederação Nacional da Indústria revelaram que 31% das empresas
nacionais não usam tecnologia digital no seu processo produtivo).
Um outro
motivo que desmente a falácia é que a automação no Brasil alcança o chão de fábrica
e por isto ela não gera impacto nos postos de trabalho dos mais escolarizados.
O
terceiro motivo mostra a mediocridade do pensamento dos mercadores, se existiu
uma automação intensa então deveria ter gerado uma indústria de automação que
iria absorver os mais escolarizados.
O quarto
motivo são as reformas que fizeram a mágica de gerar aumento de renda apenas
para os menos escolarizados.
Qualquer
uma das explicações não para em pé diante dos fatos. A realidade é que são
raras as empresas brasileiras capazes de competir no mercado capitalista.
Muitas
empresas no Brasil, perdem capital intelectual importante pelo preconceito
contra o cabelo branco, o resultado deste processo é baixa competividade e perda
de mercado para os novos entrantes.
As restrições
de penetração mercado das empresas nacionais inibem a geração de postos de
trabalho mais qualificados e repetem em ciclo infinito o fenômeno do final dos
anos 1970 e início dos anos 1980 de perder terreno da produtividade diante das mudanças
tecnológicas da era do conhecimento.
O mercado
nacional vem buscando no imposto de importação a tabua de salvação da sua perda
de produtividade. A sociedade e os trabalhadores ficam com as perdas
socializadas pelas empresas não competitivas.
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