O Brasil definitivamente virou um país sui generis. Todos viraram especialistas em todos os assuntos.
Todo
mundo tem opinião sobre tudo e na realidade paralela dos sem lógica a sua
opinião está sempre correta.
Esta
semana cai na besteira de entrar em um debate sobre o voto impresso da urna
eletrônica.
Os
defensores do mito da cloroquina alegam que as urnas eletrônicas podem ser invadidas
e que o voto impresso permite a auditoria do voto.
É
bastante óbvio que se uma urna eletrônica for invadida a veracidade do voto
impresso também será comprometida.
O
software que lê o teclado e grava o voto na memória da urna é o mesmo que lê o
teclado e imprime o voto. Uma invasão na urna eletrônica compromete tanto o
voto digital como o impresso.
A única
possibilidade em que o voto impresso não está comprometido ocorre quando a
invasão da urna é feita depois do término da votação. Neste caso o invasor
consegue modificar apenas os votos digitais armazenados no equipamento.
No
entanto fazer uma invasão em um equipamento fora de uma rede pública e com
todos os fiscais de olho no equipamento é uma tarefa digna do filme missão
impossível.
Após o encerramento
da eleição a urna envia os votos para o computador central após uns poucos
minutos. O invasor teria que invadir remotamente uma urna fora de uma rede
pública de telecomunicações e modificar os votos armazenados em alguns poucos
segundos.
O pior
dos sem lógica é a falta de raciocínio estruturado. Os votos impressos têm que
ser coletados da urna, transportados para um local seguro e armazenados por
diversos meses.
É muito
mais fácil invadir a instalação e trocar os votos impressos do que invadir a
urna eletrônica.
Se depois
de seis meses a contagem dos votos impressos for diferente dos votos digitais
então quem vai conseguir garantir que a contagem dos votos impressos foi
honesta.
O interessado
na mudança da votação pode ter entrado no cofre dos votos impressos e trocado
as urnas plásticas em que os votos impressos estão armazenados.
Quem será
capaz de afirmar que os votos impressos estão corretos ou que os votos digitais
estão corretos?
Mesmo um
sistema de vigilância com diversas câmeras pode ser invadido e criar uma brecha
para a troca das urnas plásticas dos votos impressos.
Um outro
aspecto do festival dos sem lógica é o custo desta armazenagem. Existem
milhares de urnas plásticas dos votos impressos que precisam ser guardadas e
vigiadas no regime 24 horas por dia. São sistemas eletrônicos e humanos que vigiarão
o local.
É fácil
perceber que quando somamos os custos de vigilância com os custos de segurança
infraestrutura (proteção contra roubos, incêndios, enchentes, umidade etc.)
chegaremos ao valor de dezenas de bilhões de reais por ano.
Não seria
mais fácil usar a tecnologia NFT em que um voto vira um token único e
indelével?
O eleitor
escolheria o seu candidato e criaria um token não fungible que seria registrado
no livro-razão do Blockchain.
O
candidato que receber mais tokens dos eleitores seria eleito. O livro razão
público indelével permite a auditoria da votação.
Mais
simples, mais lógico mais seguro e mais barato do que imprimir comprovantes dos
votos e armazenar por anos em cofres de segurança máxima.
O resultado
da lógica dos sem logica pode ser visto na métrica a renda média per capita do trabalho.
No primeiro trimestre de 2021 ela foi de R$ 995. É uma renda abaixo do salário-mínimo.
As opiniões dos sem lógica está inviabilizando o trabalho no Brasil. Fonte:
Renda média no Brasil cai abaixo de R$ 1 mil pela 1ª vez em 10 anos, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/06/desigualdade-bate-recorde-na-pandemia-e-renda-media-cai-a-pior-nivel-desde-2012.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail&origin=folha,
acessado em 17/06/2021.
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