Recentemente assistimos a um debate entre o dono de uma rede social e de um ministro do Supremo Tribunal Federal. No debate o dono da rede social alegava estar defendendo a liberdade de expressão (ele afirma que é contra a censura) e o ministro alegava que existem limites para a liberdade de expressão.
Em geral,
os cidadãos dos Estados Unidos têm um nível elevado de coerência e lógica nas
suas argumentações, no entanto, neste caso o dono da rede social partiu para o
ataque desprezando a lógica e a coerência.
Ele alega
ser contra a censura e a favor da liberdade de expressão, no entanto, para
fazer parte da sua rede social é preciso concordar com um determinado termo de
uso.
O termo
de uso determina os comportamentos inaceitáveis dos usuários e as regras para o
seu bloqueio, ou seja, é uma limitação da liberdade de expressão dos usuários e
é uma forma de censura das postagens.
É
interessante ver que o dono da rede social consegue ver a censura do ministro
do supremo e não consegue ver que a rede social dele também censura.
O
blogueiro não tem interesse em se posicionar de um lado ou do outro, pois
entende que existem graves erros nos posicionamentos dos dois lados.
O blog
apenas quer destacar que existe uma profunda falta de coerência nas alegações
do dono da rede social em relação a liberdade de expressão praticada por ele e
a liberdade de expressão praticada por terceiros.
Uma outra
falta de coerência está relacionada com o núcleo do debate realizado. O dono da
rede social reclama que está bloqueando as contas dos seus usuários, no
entanto, o termo de uso da rede social afirma que as postagens publicadas são
de inteira responsabilidade de quem as publicou.
Em outras
palavras, o termo declara claramente que a rede social não tem qualquer
responsabilidade pelo conteúdo publicado pelos seus usuários.
Neste
caso, quem deveria reclamar do bloqueio das contas, da censura, da eliminação
de conteúdo etc. é quem publicou, ou seja, não é papel do dono da rede social
reclamar sobre a censura de conteúdo publicado por terceiros.
Infelizmente,
foi dado “muito pano para manga” neste assunto para os dois debatedores. Este é
o motivo pelo qual, o blog não cita os nomes dos envolvidos.
A falta
de lógica, coerência não pode virar ferramenta de divulgação de empresários e
ministros.
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