No século XXI, o mercado empresarial foi marcado por duas eras bastante distintas. No começo do século, as empresas estavam vivendo do Controle, Transparência e Previsibilidade (famoso CTP) e depois do começo da pandemia do novo coronavírus, as empresas passaram a viver na era da incerteza.
A digitalização
dos negócios trouxe para a superfície oportunidades e desafios inéditos. A competição
aparece de todos os lados e diversos modelos de negócio estão desabando ladeira
abaixo.
Empresas gigantescas
como a Revlon (Como a Revlon foi de ícone dos cosméticos à beira da falência, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/06/como-a-revlon-foi-de-icone-dos-cosmeticos-a-beira-da-falencia.shtml,
acessado em 21/06/2022) e Forever 21 (Forever 21 deve fechar todas as lojas no
Brasil até domingo, https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2022/06/14/forever-21-deve-fechar-todas-as-lojas-no-brasil-ate-domingo.htm)
estão em recuperação judicial por causa da concorrência feroz no universo
digital das empresas iniciantes que nasceram digitais.
Em outra
frente da era da incerteza, um terço das empresas que sofreram ataques digitais
fecharam as portas de forma temporária ou permanente (A third of organizations
hit by ransomware were forced to close temporarily or permanently, https://www.techrepublic.com/article/organizations-hit-by-ransomware-shut-down/).
As falhas na segurança digital e da central de serviços estão cobrando um preço
cada vez mais elevado dos negócios.
Apenas os
poucos que fizeram a sua lição de casa estão razoavelmente seguros na geração
online. Ainda inexiste entendimento claro sobre a questão do backup e restore
dos dados.
Foi revelado
que o ataque sofrido pela Americanas em fevereiro deste ano de 2022 gerou uma
perda de quase R$ 1 bilhão em vendas (Americanas perdeu quase R$ 1 bi em vendas
com hackers, https://www.folhape.com.br/economia/americanas-perdeu-quase-r-1-bi-em-vendas-com-hackers/226822/).
Muitos acham
que é preciso adotar soluções caras e complexas para armazenar os dados. As
empresas pequenas e médias não têm capacidade financeira para bancar tais
soluções e por isto elas estão desprotegidas.
Até mesmo
um disco externo por ser utilizado para armazenar uma cópia dos dados e reduzir
o nível de incerteza do negócio. Na era da incerteza, é preciso investir em
capital intelectual para resolver problemas graves com soluções simples e
descomplicadas.
O Lincoln
College foi forçado a fechou as suas portas para sempre em maio de 2022 depois
de ataque de ransomware em dezembro de 2021 (Higher education institutions
being targeted for ransomware attacks, https://www.techrepublic.com/article/higher-education-institutions-being-targeted-for-ransomware-attacks/).
Foi revelado
que as credenciais roubadas pelos invasores das escolas podem ser utilizadas
para roubar informações de cartão de crédito, fazer ciberespionagem etc. (Compromised academic credentials available on cybercriminal platforms, https://www.techrepublic.com/article/compromised-academic-credentials-available/).
A outra
frente da era da incerteza é formada pelos funcionários que estão saindo das
empresas, por causa do trabalho remoto. Muitos trabalhadores perceberam as
vantagens do trabalho online e querem continuar trabalhando neste modelo.
As
empresas que optaram pelo trabalho presencial estão perdendo capital
intelectual valioso. O Ian Goodfellow diretor da Apple saiu da empresa por
causa do retorno ao escritório e foi trabalhar no Google (A onda de demissões
de quem não quer abandonar o trabalho remoto, https://g1.globo.com/trabalho-e-carreira/noticia/2022/06/11/a-onda-de-demissoes-de-quem-nao-quer-abandonar-o-trabalho-remoto.ghtml).
Empresas como
o Google, HubSpot, Elsevier, RingCentral, Experian, Adobe, TaskUs, ADP, UiPath,
DXC Technology, Sitel Group, Medallia, Vista, Guidewire, Calix, Everbridge e Sage
estão usando o trabalho remoto para capturar o capital intelectual que não quer
trabalhar presencialmente (17 companies with great company culture and offering
remote work setups, https://www.techrepublic.com/article/17-companies-with-great-company-culture-and-offering-remote-work-setups/).
A transformação
digital está intimamente ligada com a filosofia agilidade nos negócios. As suas
buscam o crescimento da lucratividade do negócio e as duas são apoiadas no
capital intelectual, no comportamento corporativo e nas inovações para ganhar
os mercados dominados por empresas tradicionais que trabalham no modelo “comando
e controle”.
Na era da
incerteza a flexibilidade e o dinamismo são características vitais para a competitividade
de uma organização.
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