terça-feira, 31 de março de 2020

Novo coronavírus e o home office - Segunda Parte


É perfeitamente possível aumentar a produtividade do Brasil através do home office. É evidente que é preciso boa vontade e esforço coletivo. Os bons exemplos estão subindo á tona com a quarentena do novo coronavírus.

O Frederico Trajano afirmou que o Magazine Luiza desenvolveu ferramentas para vender com a loja fechada. Os vendedores têm celular e podem vender sem precisar ir à loja física.

Foi revelado que a equipe de escritório em home office entregou em cinco dias o trabalho previsto para ser entregue em 50 semanas (“Exato, fizemos 50 semanas em cinco dias, meio lema JK. Apesar de estar com 100% da equipe de escritório em home office, a gente conseguiu em menos de cinco dias colocar tudo que estava faltando para poder soltar essa plataforma no ar. Tem modalidade para pessoa física e para pessoa jurídica. Pessoa física autônoma consegue vender sem sair de casa e ganhar dinheiro”. Fonte: Fomos os primeiros a fechar e não deveremos ser os primeiros a reabrir, diz presidente do Magazine Luiza, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/03/fomos-os-primeiros-a-fechar-e-nao-deveremos-ser-o-primeiros-a-reabrir-diz-presidente-do-magazine-luiza.shtml?origin=folha, acessado em 31/03/2020).

Um outro caso de sucesso digital foi protagonizado por pequenos restaurantes. O dono de uma pequena cafeteria percebeu que não iria sobreviver com vendas online por causa do baixo valor agregado dos lanches. Ele então resolveu fechar a casa e vender todo o seu estoque divulgando as ofertas no Instagram. Em duas horas ele vendeu tudo e fez tantos pedidos para o seu fornecedor que o estoque dele acabou também. Atualmente, ele está vendendo vouchers com desconto que poderão ser utilizados quando a cafeteria reabrir (Para sobreviver, restaurante pede até para vizinho entregar de bicicleta, https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/03/27/restaurantes-doacao-alimentos-pereciveis-coronavirus-sao-paulo.htm).

No mesmo artigo é mencionado o caso de um pequeno restaurante que considera as taxas de delivery muito altas. A dona do estabelecimento divulgou no Instagram as oportunidades para entregadores que moram no bairro do restaurante e montou uma rede de entrega no próprio bairro com pessoas que nunca fizeram entregas na vida.

Um outro uso de home office de grande sucesso é o caso das costureiras idosas, técnicas de enfermagem e enfermeiros que não podem trabalhar por fazerem parte do grupo de risco do coronavírus e estão costurando jalecos de TNT para os profissionais de saúde (Voluntários no Recife montam 'fábrica' de jalecos em TNT para suprir faltas, https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/03/30/voluntarios-no-recife-montam-fabrica-de-jalecos-em-tnt-para-suprir-faltas.htm).

São exemplos onde o bom uso do home office está produzindo produtos essenciais para o pais na crise do coronavírus e está ao mesmo tempo gerando renda para uma cadeia produtiva.
É possível aplicar soluções similares para todas as cidades brasileiras e adaptar o sistema produtivo para gerar produtos e receitas que agregam valor. Com um bom nível de coordenação o governo brasileiro pode explorar as oportunidades geradas pelas redes sociais e criar um sistema produtivo novo que seja flexível e inteligente.

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