Brasil
O
Comitê de Política Monetária reduziu a taxa Selic para 4,5% ao ano. O Banco Central
não se comprometeu com novos cortes na taxa Selic. Os membros avaliaram que o
processo de recuperação da economia ganhou tração e que esse seguirá em ritmo
gradual (eufemismo para lento).
A
inflação e respectivos núcleos estão em níveis confortáveis e as expectativas e
dissonâncias cognitivas estão bem gerenciadas. Os dados mais recentes do nível de
atividade da economia em conjunto com o forte ganho de efetividade do mercado
de crédito e capitais podem reduzir o nível de ociosidade da indústria de forma
mais rápido que o esperado. É possível que exista em 2020 algum tipo de pressão
inflacionária.
Por
conta deste ambiente de negócios, o cenário brasileiro mais provável é uma recuperação
da atividade econômica em um patamar mais consistente do que ocorreu em 2019. O
Copom provavelmente manterá a taxa Selic em 4,5% durante o ano de 2020.
A
aceleração do IPCA-15 em dezembro de 2019 ocorreu por conta da alta dos preços
de alimentação e administrados. A projeção para o IPCA em 2020 é de alta em
relação à 2019. É muito provável que o IPCA fique entre 4,0 e 4,4%.
O
cenário de recuperação do emprego formal deverá continuar em 2020. Os
dados
mostram que a retomada da atividade será gradual (eufemismo para lenta). A
projeção para o crescimento do PIB de 2010 é entre 2 e 2,4%. O dólar deve ficar
entre R$ 4,20 e R$ 4,15 na média anual.
China
Os
principais dados da atividade econômica estão superando as expectativas. Em
novembro, indústria cresceu 6,2 % mostrando aceleração ao crescimento de outubro
que foi de 4,7%. As vendas no varejo superam a expectativa de crescimento de 7,6%
(8%). Os investimentos em ativos fixos continuam elevados em patamar estável
(5,2%). O crescimento do PIB continua em patamar elevado (aproximadamente 6%).
A China continuará adotando medidas bem direcionadas para estimular o
crescimento. Existe algum nível de pressão nos preços, por isto a inflação deverá
ser monitorada bem de perto.
Estados
Unidos
A
fase 1 do acordo com a China reduziu o nível de incerteza. Em 2020, a China
comprará 50 bilhões de dólares em alimentos e os Estados Unidos suspenderam as tarifas
de importação programadas para vigorar a partir de 15 de dezembro de 2019 (15% sobre
US 160 bilhões). 120 bilhões com redução de 15 para 7,5% da alíquota de
importação. O risco de uma desaceleração mundial forte caiu consideravelmente. Os indicadores de confiança subiram. O Fed manteve a taxa de juros e sinalizou a
sua estabilidade (em
dezembro,
a taxa de juros permaneceu no intervalo entre 1,50 e 1,75% ao ano). Os últimos dados
revelam tanto a robusteza do mercado de trabalho, como o nível adequado do
crescimento da atividade econômica. A inflação segue sem pressões. É muito
provável que o Fed deverá mantenha sem alterações o nível da taxa de juros em 2020.
União
Europeia
O
Banco Central Europeu não promoveu nenhuma alteração na sua política monetária.
Continua valendo o estímulo ao crescimento. O BCE declarou que pretende manter
as taxas depósito e empréstimos nos níveis atuais. O programa de recompra de
títulos continua igual. O cenário de incerteza global mantém as atuais
preocupações do BCE com a desaceleração das atividades econômicas na região,
por isto se ocorrerem mudanças elas serão pontuais e graduais.
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