quinta-feira, 24 de junho de 2021

Recordar é viver

 


 

Na terça-feira, 18 de dezembro de 2018 eu publiquei a postagem “A república dos mercadores de tolices e o poço da burrice eterna” (http://itgovrm.blogspot.com/2018/12/a-republica-dos-mercadores-de-tolices-e.html?m=0, acessado em 24/06/2021).

 

Na postagem eu fiz a seguinte afirmação: “A cultura do atraso levou o Brasil na direção de incontáveis fracassos. A fábrica da Ceitec S.A foi inaugurada em 2010 para produzir chips (Estatal do chip de R$ 500 mi está parada, https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me0909201004.htm). Em 2018 é retumbante o fracasso da empresa. Os gestores de tecnologia qualificados foram ignorados na política de contratações. O resultado foi prejuízo em cima de prejuízo. Passados 8 anos qual é a relevância da Ceitec no mercado mundial de chips?”

 

Em dezembro de 2020, foi publicado o decreto de liquidação da Ceitec.  Foi mais de uma década de prejuízo em cima de prejuízo. Alguns estão tentando salvar a empresa falando em elevado capital intelectual.

 

Na prática, este capital intelectual não gerou riqueza. Não adianta nada ter à disposição o melhor recurso do planeta se não existir um plano que permita a exploração correta do recurso.

 

Em 2018, o fracasso da empresa era retumbante, mesmo assim foram preciso mais alguns anos para perceber que a alta administração da Ceitec era incapaz de traçar um rumo na direção da lucratividade.

 

A empresa era irrelevante em 2018 e continuou irrelevante até a morte do CNPJ. Foram bilhões de reais jogados no lixo. Nenhum resultado positivo foi gerado. Em momento algum a empresa foi buscar o conhecimento do mercado.

 

Empresas competentes criam ecossistemas envolvendo comunidades e pessoas de elevado saber. A Ceitec nunca procurou com os especialistas em Tecnologia de Informações e Comunicações onde estão os nichos mercado não explorados. Onde estão as oportunidades.

 

O elevado capital intelectual não pode ser medido apenas por títulos e diplomas. É preciso que o capital intelectual técnico seja complementado pelo conhecimento do mercado.

 

Tais caminhos não foram buscados pelos governos brasileiros entre 2010 e 2020. Um criou um elefante branco e outro resolver liquidar o elefante banco. Em nenhum momento foi cogitado transformar o elefante banco em uma máquina de fazer dinheiro. Triste realidade brasileira.

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