quarta-feira, 27 de julho de 2016

Conversa com os empresários do setor de estacionamento de veículos de passeio

As minhas conversas com os empreendedores são sempre estimulantes. Existe um claro movimento de rever os parâmetros básicos dos negócios em função das novas tecnologias. Muitos pequenos empresários estão buscando caminhos para superar as dificuldades causadas pela recessão brasileira.

O negócio estacionamento de veículos de passeio vem atravessando um nível maior de dificuldade por causa das restrições para a circulação de veículos. O domingo sempre foi um dia de bom faturamento para os estacionamentos, mas o fechamento de ruas e avenidas está impactando negativamente o negócio. O crescimento do compartilhamento da mobilidade (por exemplo, UBER) esta restringindo as receitas do segmento.

Nas conversas com os empreendedores eu sugeri que eles resolvessem o problema de perdas e fraudes com a tecnologia Big Data. Com base nos registros do caixa e nas fotos das placas do carro na entrada e saída do estacionamento é possível identificar as perdas e fraudes. Com a sua identificação o empresário pode atuar na eliminação das mesmas. A tecnologia Big Data oferece uma solução simples para um problema que vem atormentado a vida dos empresários por décadas. Com a eliminação das perdas e fraudes o empreendedor pode usar os registros do caixa para identificar as oportunidades de novos negócios. Ele pode associar os registros com o estado de limpeza do veículo, clima (chuva) dia anterior, atual e previsão futura, quantidade de pessoas dentro do carro, quantidade de crianças, quantidade de homens e mulheres e etc.

Com isto é possível a frequência dos clientes, dias, horários e o estacionamento pode oferecer serviços de limpeza e lavagem dos carros (quem sempre está com o carro limpo provavelmente vai se interessar), ou mimos como brinquedos, revistas e livros para as crianças para fidelizar o cliente, ou serviço de creche para mães que vão fazer compras nas proximidades, ou de lanchonete e sorvetes especiais ou não (o tipo e limpeza do carro revela padrão sócio econômico do proprietário) ou salão de jogos (digitais ou não) para quem vai no médico nas proximidades e o acompanhante só vai aguardar o seu retorno. Existe uma grande gama de oportunidades que os estacionamentos podem explorar apenas conhecendo melhor os seus clientes.


Com a tecnologia Big Data é possível que o estacionamento ofereça um adicional extra de segurança para o proprietário do veículo.  Ao registrar a foto do rosto ou corpo do cliente é possível que na troca de turno dos funcionários, a nova equipe seja informada pelo sistema da verificação do proprietário e só depois da verificação permita que ele entre no estacionamento. Os clientes terão maior sensação de segurança com este procedimento. As possibilidades de inovação são infinitas.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Oportunidades perdidas na copa de 2014 e nas olimpíadas de 2016

Foi revelado que o estudo afirmou que a Copa do Mundo de 2014 no Brasil vai gerar arrecadação tributária adicional de R$ 18,13 bilhões.
Fonte: Estudo da FGV sobre benefícios da Copa não passa de propaganda enganosa, http://www.jornalopcao.com.br/posts/reportagens/estudo-da-fgv-sobre-beneficios-da-copa-nao-passa-de-propaganda-enganosa, acessado em 25/07/2016.

Foi afirmado que o cenário de referência adotado neste estudo vai produzir um efeito cascata surpreendente nos investimentos realizados no País.
Fonte: Brasil Sustentável: Impactos Socio­econômicos da Copa do Mundo 2014, http://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/estudo_9.pdf, acessado em 25/07/2016.

O Brasil conseguiu a proeza de ser o campeão mundial das oportunidades perdidas com os grandes eventos. Na copa de 2014 todos os sócios do empreendimento saíram com vultosos lucros (Copa-2014 gera receita acima do esperado e Fifa ganha R$ 18,6 bi, http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2015/03/20/copa-2014-gera-receita-acima-do-esperado-e-fifa-ganha-r-186-bi.htm, acessado em 25/07/2016). O único que saiu no prejuízo foi o Brasil (Após dois anos da Copa, estádios vivem crises financeiras e denúncias http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2016/06/12/apos-dois-anos-da-copa-estadios-vivem-crises-financeiras-e-denuncias/, acessado em 25/07/2016) e).

Apesar das consultorias contratadas para analisar a viabilidade econômica da copa e olimpíadas (Estado da BA garante lucro de arena europeia para operador da Fonte Nova, http://viniciussegalla.blogosfera.uol.com.br/2013/09/19/estado-da-ba-garante-lucro-de-arena-europeia-para-operador-da-fonte-nova/, acessado em 25/07/2016) afirmarem sobre grandes lucros, legados, empregos e crescimento econômico o que vemos é o grande encolhimento. (Pós-Copa, hotéis demitem, fecham e viram até clínica médica, http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/07/1788022-pos-copa-hoteis-demitem-fecham-e-viram-ate-clinica-medica.shtml, acessado em 25/07/2016)

A falta de planejamento e preparação é uma constante nas atividades governamentais para a copa e olimpíadas. As afirmações do prefeito do Rio de Janeiro (Olimpíada é 'oportunidade perdida' para o Brasil, diz prefeito do Rio, http://www1.folha.uol.com.br/esporte/olimpiada-no-rio/2016/07/1790585-olimpiada-e-oportunidade-perdida-para-o-brasil-diz-prefeito-do-rio.shtml, acessado em 25/07/2016) sobre o planejamento e a segurança mostram o tamanho do atraso gerencial que enfrentamos. É impressionante que em quase dez anos de preparação nenhuma iniciativa pública tenha ocorrido no universo digital para estes dois grandes eventos.

Parece que a Internet, os Apps, as redes sociais não existem para o governo brasileiro. Em vez de incitar e estimular o empreendedorismo, foram escolhidos cantores conhecidos internacionalmente para a abertura da olimpíada (Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta vão cantar na cerimônia de abertura da Rio-16, http://www1.folha.uol.com.br/esporte/olimpiada-no-rio/2016/07/1790325-rio-2016-confirma-anitta-caetano-veloso-e-gilberto-gil-na-abertura-dos-jogos.shtml, acessado em 25/07/2016). Deveria ter sido feito um grande concurso nacional via YouTube por exemplo para escolher os cantores.

Empregos teriam sido gerados, inovações teriam sido criadas e negócios exponenciais teriam nascido. O Brasil chega no grande evento e os seus chefes de cozinha, doceiros e etc. estão "escondidos" no território nacional. Os turistas não sabem onde encontra-los. Cadê o App que os revela para o mundo? Onde está a divulgação pela Embratur dos nossos chefes de cozinha? Enquanto os chefes de cozinha estrangeiros como o Buddy Valastro (Reality gastronômico decepciona, e Record fará relançamento, http://tvefamosos.uol.com.br/colunas/flavio-ricco/2016/07/11/reality-gastronomico-decepciona-e-record-fara-relancamento.htm, acessado em 25/07/2016) e o Jamie Oliver estão na televisão brasileira e nos acordos com os fabricantes de alimentos (Sadia lança linha de congelados 'saudável e gourmet' com Jamie Oliver, http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/06/1786071-sadia-lanca-linha-de-congelados-saudavel-e-gourmet-com-jamie-oliver.shtml, acessado em 25/07/2016), os brasileiros não tem espaço para divulgar as suas ofertas.


Para uma economia combalida como a brasileira é preciso um mínimo de planejamento para que o espírito animal dos empreendedores aparece durante as olimpíadas 2016. As falhas na estratégia para a música dos jogos Rio 2015, estão presentes também na comida e em diversos outros segmentos econômicos. Nada está sendo para que o belo artesanato regional produzido no norte e nordeste apareça para os turistas no Rio de Janeiro. O real legado que um grande evento gera é o crescimento econômico de longo prazo. O Brasil escolheu fazer uma festa para milionários paga com o dinheiro dos pobres. Não poderia existir escolha pior, mais injusta e desigual.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Negócios habilitados pelas Tecnologias

O ano de 2016 está sendo marcado pela grande quantidade de conversas com empreendedores e empresários. Os micros e pequenos empresários estão sempre me questionando sobre como as tecnologias digitais podem contribuir para o negócio deles de uma forma concreta. Como existem milhares de alternativas, eu resolvi escrever sobre duas tecnologias que estão no topo das agendas dos empreendedores. Basicamente todos sabem o que é a tecnologia Big Data, mas muitos não enxergam uma associação dela com o aumento do lucro. Muita gente acha que é assunto para peixe grande americano ou europeu.

A tecnologia Big Data pode ser aplicada até mesmo em uma pequena loja de café. Ela permite a análise dos registros do caixa e possibilita a identificação dos horários de maior e menor movimento da loja. É possível associar o movimento com o clima, período de férias, congressos, feiras e convenções nas proximidades, almoço das empresas nas proximidades e outras variáveis para entender as influências externas no movimento da loja. Com base nas informações da tecnologia Big Data é possível dimensionar a equipe e o estoque de alimentos em função do horário do dia. É uma mecânica que permite economizar os recursos pela eliminação da ociosidade nos horários de baixo movimento.

É evidente que a análise não pode ser feita apenas com os dados do passado, pois o ambiente é dinâmico. É preciso trabalhar em tempo real. Por causa disto é de fundamental importância estabelecer uma cadeia de fornecedores e funcionários capazes de reagir em tempo real para as necessidades. Não dá para extrair as vantagens da tecnologia trabalhando como um lobo solitário. É preciso que os fornecedores de suprimentos, alimentos e mão de obra também acompanhem em tempo real o comportamento do mercado e compartilhem as informações com toda a rede. Só com uma rede integrada é que a tecnologia vai oferecer ganhos reais para os empresários.

Na hora de selecionar os fornecedores de suprimentos, alimentos e mão de obra é preciso mudar de postura empresarial e olhar outros aspectos além do preço. A tecnologia Big Data é capaz de reduzir os custos operacionais da loja de café, no entanto, é incapaz de aumentar o faturamento. Por causa disto é importante complementar a solução com outra tecnologia. A Realidade Aumentada (RA) ganhou notoriedade com o jogo Pokémon Go. Certamente, nos próximos meses vão aparecer diversos jogos semelhantes. Um jogo baseado na realidade aumentada com Global Positioning System (GPS) é capaz de aumentar o movimento da loja de café de forma consistente.


Basta um acordo entre a loja e o desenvolvedor do jogo para fazer com que os ovos ou prêmios apareçam na loja nos horários de baixo movimento para atrair as pessoas no estabelecimento comercial. Com o aumento da frequência fica fácil oferecer os produtos e aumentar as vendas. Estamos vivendo um momento em que as tecnologias funcionam como chaves habilitadoras de novos negócios. Os empresários precisam entender o funcionamento das soluções digitais para explorar as suas potencialidades a favor do seu empreendimento.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Mais um bloqueio do WhatsApp

Na véspera do início dos jogos olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, o Brasil resolveu bater o seu recorde de bloqueios de um mesmo App. Os motivos alegados pelos juízes são cada vez mais bizarros. Desta vez o bloqueio não durou sequer 24 horas.

Foi afirmado que a operação, com nome "Hashtag" monitorou os suspeitos pela internet, via WhatsApp e Telegram.
Fonte: PF prende grupo que preparava atos de terrorismo na Olimpíada, http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/07/21/pf-prende-grupo-que-preparava-atos-de-terrorismo-diz-agencia.htm, acessado em 21/07/2016.

A juíza que mandou bloquear o WhatsApp justificou a sua ação dizendo que eles não desabilitaram a criptografia do aplicativo para que o fluxo de mensagens fosse enviado em tempo real para os investigadores e as conversas dos suspeitos fossem monitoradas. O artigo “Juíza que mandou bloquear WhatsApp se irritou com resposta em inglês” (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/07/1793201-juiza-que-mandou-bloquear-whatsapp-se-irritou-com-resposta-em-ingles.shtml, acessado em 21/07/2016) afirmou que a juíza ficou irritada com o e-mail resposta da empresa americana WhatsApp escrito na língua pátria dos americanos.

Existem mistérios no caso. O que chama muita atenção é o foco apenas no WhatsApp. Foi afirmado que é comum a interceptação telefônica flagrar um suspeito dizer ao outro para tratarem determinado assunto no WhatsApp (Sem rastreio, WhatsApp 'dá mais força para quem descumpre a lei', diz juíza, http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/07/1793389-liberacao-do-whatsapp-da-mais-forca-para-quem-descumpre-a-lei-diz-juiza.shtml, acessado em 21/07/2016). Será que o crime organizado brasileiro não usa o Skype ou Telegram por exemplo? Será que não estamos diante do dilema da marca WhatsApp que é algo comum no Brasil? (O dilema da marca ocorre quando uma marca é confundida com o produto, ou seja, Gillete virou sinônimo de lamina de barbear, Bombril de palha de aço, Xerox de fotocópia, WhatsApp é sinônimo de programa de comunicação)

Os artigos “Mesmo com criptografia, WhatsApp e Telegram podem ser espiados facilmente” (http://www.tecmundo.com.br/whatsapp/105562-mesmo-criptografia-whatsapp-telegram-espiados-facilmente.htm. Acessado em 21/07/2016) e “Telegram: "Se você não confia na gente, use os chats secretos"” (http://artigos.softonic.com.br/telegram-se-voce-nao-confia-use-chats-secretos, acessado em 21/07/2016) revelam que os dois Apps têm estrutura de segurança semelhantes e nos dois casos existem fragilidades de segurança que podem ser exploradas.

Como a juíza pode afirmar que todas as comunicações futuras dos criminosos ocorrerão através do WhatsApp? É uma conclusão realmente impressionante. Será que o comando vermelho ou PCC ordenaram que só aceitam mensagens trocadas pelo WhatsApp? Será que a juíza sabe que as vulnerabilidades do protocolo Signaling System nº 7 (SS7) permitem que os investigadores clonem o número telefônico alvo?

Existe uma evidente fragilidade na solução proposta pela juíza brasileira para combater o crime. A juíza afirmou que as operadoras de telecomunicações brasileiras cooperam com a justiça nacional e facilitam a interceptação das comunicações. Se isto é verdade então a justiça brasileira pode monitorar o tráfego de dados dos celulares e ela quebrar a criptografia existente no App WhatsApp.

Foi afirmado que o FBI pagou pela ajuda de hackers profissionais para acessar o iPhone utilizado pelo autor do massacre na cidade californiana de San Bernardino (“FBI pagou hackers profissionais para acessar iPhone de autor de massacre”, http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2016/04/12/fbi-pagou-hackers-profissionais-para-acessar-iphone-de-autor-de-massacre.htm, acessado em 21/07/2016). A recusa da Apple de ajudar o governo dos Estados Unidos não gerou bloqueio da Apple. Nas democracias as pendências constitucionais são resolvidas pelo Supremo Tribunal Federal. Só aí é que bloqueios que impactam a vida econômica de milhões de cidadãos são realizados.

No Brasil o atraso impede que a democracia plena faça parte do cotidiano dos brasileiros. Alguns depoimentos de juristas famosos mostram o tamanho do atraso nacional. O WhatsApp não é um serviço oferecido no Brasil. Não existem ofertas ou convites do WhatsApp para que os brasileiros instalem e usem o App. O WhatsApp é um serviço com sede nos Estados Unidos que pode ser acessado por todas as pessoas através de uma conexão de internet.

São os brasileiros que estão indo virtualmente aos Estados Unidos para instalaram e usarem o App. Na Internet existem milhões de serviços digitais que foram desenvolvidos para serem ofertados apenas nos países onde os servidores estão hospedados. No Brasil os internautas têm acesso a todos estes serviços digitais. Isto não significa que estes empreendedores estão oferecendo estes serviços para os brasileiros.

Ter acesso no Brasil a um serviço através da Internet é muito diferente do que ter um serviço ofertado no Brasil. Apenas quando a empresa WhatsApp que não é a empresa Facebook estabelecer uma sede no território brasileiro e oferecer serviços aos brasileiros é que os serviços oferecidos no Brasil pela WhatsApp deverão seguir a lei brasileira. Enquanto a WhatsApp e outros milhões de empresas decidem se vão estabelecer operação empresarial no Brasil a justiça brasileira deve ter clareza no entendimento de que o mero fato de ser possível o acesso a um serviço digital internacional no Brasil isto não significa que este serviço esteja sendo ofertado aos brasileiros e, portanto, que os fornecedores estejam sujeitos as leis brasileiras. Já passou da hora de melhorar o entendimento da diferença que existe entre o acesso a um serviço digital disponível através da Internet e a oferta de um serviço digital no Brasil. Precisamos urgentemente superar o atraso intelectual.

Alguns partidários do atraso intelectual buscam dourar a pílula do impacto do bloqueio do WhatsApp executando uma matemática econômica simplificada. O artigo “Além de tudo, poderia ter custado R$ 206 milhões à economia brasileira” (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2255, acessado em 21/07/2016) é um exemplo clássico da simplificação que gera equívoco. A causa da liberdade de expressão precisa ser sustentada pela retidão dos argumentos. No artigo, foram estimadas as perdas financeiras do bloqueio do WhatsApp. A solução adotada para calcular as perdas é bastante criativa, mas infelizmente é falaciosa.

O WhatsApp foi bloqueado, mas as pessoas tinham à sua disposição várias outras ferramentas de comunicação como o Skype, Telegram, SMS e ligações de voz. Isto significa que as perdas causadas pelo bloqueio do WhatsApp não estão relacionadas com a impossibilidade de comunicação. As perdas estão relacionadas com o custo da troca da ferramenta de comunicação. Por exemplo se a solução de comunicação para o bloqueio do WhatsApp for uma chamada de voz de celular pré-pago, o custo da comunicação sai do praticamente zero do WhatsApp para cerca de R$ 1 do minuto de pré-pago de ligação local.


Vários negócios ficam inviabilizados com esta estrutura de custos e serão encerrados se este for o novo normal dos custos de comunicação. Quando olhamos o tamanho das micros e pequenas empresas no emprego fica claro que se elas forem inviabilizadas pelo bloqueio do WhatsApp o impacto no emprego nacional será gigantesco.  Desemprego em massa em um país em recessão gera perdas de arrecadação e desequilíbrio fiscal. As perdas potenciais podem superar 1% do PIB. É muita coisa para ser decidido isoladamente por um juiz.