quinta-feira, 21 de junho de 2018

O transporte público de SP é Seguro?


Sou usuário diário do metrô de São Paulo. Em diversos momentos eu sou testemunha da presença de artistas nos trens. Eles apresentam músicas e interpretações teatrais. Ao final do seu trabalho eles solicitam contribuições.

Do ponto de vista de um negócio é uma atividade amadora. Diante da enorme repetição destas apresentações eu resolvi escrever ao meu vereador favorito apresentando algumas sugestões para o município e metrô de SP para melhorar o ambiente para os passageiros e artistas.

Fui muito bem recebido no gabinete do vereador e existiu um compromisso de levar adiante o desafio. Como estava falando com um político sério, o gabinete cumpriu a sua parte do compromisso.

O metrô de SP respondeu que precisa cumprir normas rígidas de segurança e que existe um aumento crescente da quantidade de passageiros. Por conta destes dois fatores a organização afirmou que não pode levar adiante o assunto.

O interessante do posicionamento do metrô de SP é que estamos falando de fatos que ocorrem diversas vezes por dia nos trens da linha azul, vermelha e verde. Em outras palavras, inexiste uma vigilância que assegure o cumprimento do que a instituição chamou de norma rígida de segurança.

As fragilidades do sistema fazem com que os passageiros que pagam pelo transporte seguro viagem em situação de não conformidade com as regras de segurança e em uma condição degradada de conforto. É fato que existe a circulação dos artistas nos trens pedindo dinheiro. Também é fato que inexiste sucesso na ação de coibir a circulação indevida.

Não é à toa que a população brasileira não confia nos órgãos públicos. Se existem regras justificadas de segurança para o metro de SP,  então estas regras deveriam ser rigidamente cumpridas. Quando o papel diz uma coisa e a prática diz outra isto significa que a gestão não existe. O gerenciamento é falacioso.

Pagar executivos e profissionais que vivem no universo paralelo da negação é apenas jogar dinheiro no lixo. Ou uma regra de segurança é importante e é rigidamente cumprida ou ela é um entulho burocrático que retira valor da organização pública. Lamentavelmente a gestão é incapaz de trabalhar corretamente a demanda do dia a dia do negócio. A população brasileira é a grande perdedora. Na prática, é uma perda dupla porque a produtividade vai para o brejo diante da inconstância de propósito.