quinta-feira, 13 de setembro de 2012

IMPACTO DA NUVEM NO EMPREGO - Parte 1


Com os negócios indo para a nuvem várias demandas de papeis de TI no Brasil serão eliminadas. É fato, também que novos empregos com perfis diferentes estão sendo criados com o avanço do fenômeno Cloud. É fácil perceber que a demanda por profissionais essencialmente técnicos de TI vai cair dramaticamente nos próximos sete anos. É muito provável que até 2020 a maioria das organizações confiará para a nuvem a execução e entrega dos seus processos internos. Claramente as empresas estão utilizando a nuvem classe mundial para o endereçamento das suas necessidades de gerenciamento da infraestrutura de rede, armazenamento e servidores. É muito forte e intensa a escalada na direção da virtualização das aplicações de automação dos processos de negócio.

 Em existindo continuidade desta velocidade de crescimento da penetração da nuvem, a operação das empresas usuárias de tecnologia empregará em 2020 menos de trinta por cento da massa atual de recursos humanos de TI. O resultado deste processo de mudança do mercado corporativo de TI é uma completa redefinição no perfil profissional da TI nacional. Os recursos atuais devotados para a operação da infraestrutura em 2012 vão virar recursos de negócio. A demanda por administradores de servidores e outros profissionais especializados vai cair dramaticamente com as habilidades classe mundial da nuvem. Os aspectos commoditizados do conhecimento de TI vão ter importância cada vez menor para o negócio. A diferenciação intelectual dos engenheiros e administradores formados nas boas escolas vai ter um papel cada vez maior para o negócio.

 Os papéis desempenhados pelos profissionais de TI vão mudar intensamente nos próximos anos. Com os serviços classe mundial da nuvem, o papel da operação da automação e administração de recursos de tecnologia será cada vez menor no quadro estratégico das empresas. Por outro lado, todas as organizações estão perguntando sobre como aproveitar os recursos humanos capacitados no gerenciamento do negócio. A movimentação de afastamento do “cabeça de dados” e aproximação na direção do “cabeça de tecnologia de informações” será intensa nos próximos anos. Os atuais especialistas bem formados são infelizmente uma espécie rara que será fortemente disputada pelas áreas de negócio. As pessoas que sabem como demonstrar o seu valor sem mentir ou exagerar no seu currículo vão dormir com um emprego técnico e acordar ocupando uma posição com papel de favorecimento da absorção das novas informações pelo negócio.
 
É um trabalho que exige muita versatilidade, habilidade e multiplicidade cultural. Na prática este profissional é um facilitador do aprendizado corporativo. Algumas pessoas de TI vão trabalhar em apenas uma empresa e outras em várias. O perfil demandado é uma combinação das habilidades de negócio e tecnologia. Neste novo mundo, o papel de engenheiro de negócio será exercido pelos inovadores da utilização da tecnologia com boas ideias para encontrar novos caminhos de suporte ao negócio. Existe neste contexto, a combinação do papel atual de arquiteto das informações com o do projetista de processos de negócio colaborativos. A instrumentalização da capacitação vai fazer com que a  automação dos processos e integração das soluções existentes seja exercida por um corretor de serviços e gerente das necessidades de negócio. A gestão vai ocorrer em um universo de agregação de valor que combina e integra os vários fornecedores de nuvem e serviços. Os novos tipos de emprego de TI estão, portanto, relacionados com as mudanças favorecidas pela nuvem. Este assunto é quente, mas é muito pouco comentado nos congressos e comunidades virtuais de tecnologia.

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