terça-feira, 11 de novembro de 2025

Treinamento pontual não funciona

Foi afirmado no artigo “Study concludes cybersecurity training doesn’t work” (https://www.kpbs.org/news/science-technology/2025/10/31/study-concludes-cybersecurity-training-doesnt-work, acessado em 10/11;2025) que pessoas com treinamento em segurança eram ligeiramente menos propensas a clicar em um link recebido do que as não treinadas. Pessoas treinadas e não treinadas em segurança clicaram em links nas mensagens falsas de recursos humanos.

 

Muitos acreditam que treinamentos pontuais em segurança digital são capazes de mudar o comportamento das pessoas. A pesquisa revela que os treinamentos pontuais não são capazes de impedir decisões pobres.

 

Para que um treinamento de segurança seja bem-sucedido, ele precisa ser realizado no formato de um processo contínuo em que as pessoas vão aprendendo passo a passo ao longo do tempo a tomar decisões mais seguras.

 

Atualmente é possível usar a inteligência artificial para simular uma ligação do presidente da empresa e solicitar a troca de uma senha. Não é exatamente fácil para a central de atendimento identificar que é um golpe tendo por base apenas a voz do solicitante.

 

É preciso dotar toda a equipe de ferramentas que avaliam em várias dimensões a ligação (origem da chamada, conhecimento do código secreto etc.) para impedir a perpetuação de um golpe.

 

Em outras palavras, apenas um processo contínuo é capaz de oferecer os recursos necessários para que as pessoas não cliquem em links de mensagens falsas e com isto comprometam toda a atividade operacional da empresa.

 

O uso de tecnologias de autenticação multifator ou de detecção de spam ou etc. não é capaz de impedir que um usuário final coloque em risco o sistema digital e a empresa.

 

O ambiente de segurança digital é neste momento extremamente volátil com novidades todos os dias e por isto é preciso tanto o treinamento teórico, quanto as ações práticas para que o conhecimento de segurança seja incorporado à rotina operacional das pessoas.

 

O uso de simulações para identificar as falhas humanas permite tanto o ajuste para corrigir a rota dos treinamentos, quanto a eliminação dos pontos fracos da segurança da organização, quanto o reforço positivo aos pontos fortes.

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