terça-feira, 17 de junho de 2025

Era dos golpes

 O artigo “Deepfakes viraram a nova realidade do crime digital” (https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2025/06/deepfakes-viraram-a-nova-realidade-do-crime-digital.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo, acessado em 17/06/2025) revelou como funcionam os golpes que exploram as fragilidades da identificação nas empresas e governos.

 

Caso 1:

 

No ano passado um funcionário da Arup recebeu um e-mail do diretor financeiro solicitando uma transferência urgente. Foi feita uma chamada de vídeo com o diretor e executivos da empresa e o funcionário transferiu US$ 25 milhões. O e-mail era falso e os participantes da chamada de vídeo eram deepfakes.

 

Caso 2:

 

Um grupo de malfeitores capturava as fotos de pessoas nas redes sociais e usava a inteligência artificial para “criar” rostos tridimensionais e abrir contas bancárias e solicitar empréstimos. Aproximadamente R$ 50 milhões foram roubados.

 

Caso 3:

 

Grupo Jorge Batista, foi atacado e os dados foram sequestrados e as operações paralisadas (Hackers dão prazo final: prejuízo do Grupo Jorge Batista já passa dos R$ 400 milhões, https://lupa1.com.br/blogs/ponto-de-ruptura/hackers-dao-prazo-final-prejuizo-do-grupo-jorge-batista-ja-passa-dos-r-400-milhoes-58040.html).

 

Caso 4:

 

Um ataque custará aproximadamente 300 milhões de libras para a Marks & Spencer em perda de lucro operacional e a interrupção de serviços (Ataque hacker milionário deve impactar varejista britânica até julho, https://www.uol.com.br/tilt/noticias/reuters/2025/05/21/efeitos-de-ataque-hacker-de-us400-mi-contra-varejista-britanica-ms-continuarao-ate-julho.htm).

Em 2024 foram realizadas mais de 4.500 tentativas de golpes por hora no Brasil (4.500 golpes por hora: a fraude que Anatel e teles não conseguem frear, https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/06/14/golpistas-chamadas-telefonicas.htm).

 

A digitalização da sociedade trouxe como colateral o golpismo, a fraude, o roubo. Na maioria dos casos, o fator humano foi desconsiderado pela organização de segurança digital.

 

É muito comum encontrar casos em que as falhas humanas na identificação do seu interlocutor abriram as portas para os malfeitores.

 

Não adianta investir milhões em soluções de segurança digital e pouco ou nada em treinamento dos funcionários. Nos últimos anos os valores subtraídos ilegalmente das empresas cresceram exponencialmente.

 

Os mecanismos de prevenção como os seguros estão ficando cada vez mais caros por causa da taxa de sucesso dos ataques realizados pelos malfeitores.

 

É preciso olhar com urgência para o fator humano e estancar as perdas, pois elas já estão impactando a macroeconomia de diversos países.

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