quarta-feira, 14 de maio de 2025

O Brasil está pronto para o reconhecimento facial – Parte 3

O artigo “PF faz operação contra fraude em contas Gov.br em que criminosos simulavam traços faciais” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/05/pf-faz-operacao-contra-fraude-em-contas-govbr-em-que-criminosos-simulavam-tracos-faciais.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo, acessado em 13/05/2025) revelou mais uma vulnerabilidade das soluções de reconhecimento facial no Brasil.

 

Um malfeitor que consegue acesso a uma conta da plataforma Gov.br explorando as fragilidades do sistema, é capaz de criar uma assinatura digital “falsa”.

 

A assinatura digital “falsa”, pode ser utilizada para assinar contratos, para comprar bens e serviços, para contrair empréstimos etc.

 

Ou em outras palavras, a vítima que foi atacada pela exploração das vulnerabilidades do sistema de reconhecimento facial da plataforma do governo federal, vai ganhar uma enorme dor de cabeça, pois não é possível diferenciar transações legitimas realizadas por ela e as transações ilegítimas feitas pelo malfeitor.

 

É um caso de enorme gravidade, pois o gerenciamento da segurança digital da plataforma está falhando gravemente na eliminação das vulnerabilidades e fragilidades do acesso via reconhecimento facial.

 

A pergunta que não quer calar neste momento, é quem vai pagar pelo prejuízo das vítimas uma vez que elas cumpriram todas as exigências de segurança?

 

É fácil perceber que é preciso usar uma tecnologia muita mais potente para impedir o acesso as contas da plataforma Gov.br pelos malfeitores.

 

Entendo que esta é uma missão para profissionais extremamente qualificados. Já passou da hora do governo brasileiro consultar os universitários.

 

As perdas poderão ser bilionárias em um curto prazo se não existirem protocolos robustos para o uso do reconhecimento fácil como chave de acesso ou de validação.

Se o gerenciamento não consegue eliminar as vulnerabilidades de forma proativa, então a melhor alternativa é validar as transações presencialmente.

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