quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Novo ano, novos eventos?

Daqui a pouco começa a temporada de eventos de tecnologia. O Brasil há muito tempo caiu na armadilha da mediocridade onde ou o obvio, ou os conteúdos ultrapassados ou as opiniões sem embasamento logico ou “fatos” nunca comprovados foram ditos.

 

É comum as situações em que pessoas viraram especialistas de disciplinas que não entendem e que nunca realizaram conquistas minimamente relevantes.

 

Os eventos de tecnologia no Brasil viraram nos últimos dez anos conteúdo do blábláblá em que muita coisa é dita e nada é relevante e útil. Alguns elogiam entusiasticamente estes eventos, mas qualquer comparação entre os eventos nos Estados Unidos e Europa revelam a mediocridade absoluta vivenciada no território nacional.

 

É claro que temos uma ou outra exceção, mas elas estão ficando cada vez mais raras.

 

Recentemente em um evento de apresentação dos resultados do agronegócio brasileiro escutei a repetição de um conceito falso que muitos expressam sem nenhum tipo de vergonha.

 

Mais uma vez foi afirmado que o Brasil é um exportador de comodities agrícolas e um importador de tecnologia.

 

A produção e distribuição de alimentos para os mercados mais evoluídos exige a demonstração de diversos controles. São controles sobre o rastreamento da produção dos alimentos, dos insumos utilizados, da legitimidade dos recursos humanos envolvidos na cadeia de suprimentos, na preparação do solo, no controle do uso de pesticidas etc.

 

Todos estes controles exigem um intenso uso de tecnologia e de mão de obra especializada, ou seja, quando o Brasil exporta soja, carne, café etc. o país também está exportando a tecnologia dos serviços realizados por analistas  brasileiros.

 

Os números podem não ser explícitos, mas estão todos disponíveis para serem processados e incorporados nas contas nacionais.

 

O fato de muitos não saberem fazer corretamente as contas das exportações de comodities não significa que os resultados não foram alcançados. Significa apenas, que a mediocridade ainda está presente no ambiente de negócios tupiniquim.

 

Quando uma empresa dos Estados Unidos que desenvolve soluções para os meios de pagamentos afirma que os golpes relacionados com o Pix devem quintuplicar nos próximos três anos e ultrapassar a casa de 11 bilhões de reais, fica claro que existem falhas graves na educação digital dos brasileiros.

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