quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Perigoso mundo das falácias

Os mercadores de falácias adoram uma falácia para disfarçar a sua agenda oculta, por isto o debate com eles é perda de tempo.

 

A teoria da relatividade veio de fatos, observações, conjecturas e conclusões. Ela não veio de uma intuição. A ideia inicial não é uma intuição. Einstein desenvolveu a teoria da relatividade e outras descobertas da física usando como base os trabalhos de outros cientistas.

 

O sucesso e o fracasso de uma país é consequência das escolhas (decisões) tomadas. Apenas quem deseja disfarçar a realidade busca retirar a causalidade do sucesso ou fracasso.

 

É evidente que existe o imponderável, só que são casos pontuais. Não são a regra.

 

Todos os casos de startups atuais e mais antigas como a Apple, Waze, Oracle etc. foram apoiados por um plano de negócio construído de forma lógica e robusta.

 

Os investidores iniciais de Apple, Facebook, Waze etc. receberam um plano de negócio bem formatado e baseado em fatos e dados (todos filtrados para a necessidade empresarial). Ninguém ficou perdido no oceano de dados e fatos.

 

É importante destacar para os desmemoriados que adoram falácias que a Apple praticamente faliu durante a primeira passagem do Jobs. Neste período as decisões eram todas por intuição.

 

Foi intuído que o Lisa e Mac seriam um sucesso de vendas e assim sucessivamente com diversos outros produtos. Todos fracassaram copiosamente.

 

Na segunda passagem do Jobs, ele voltou mais pragmático e contratou uma agência de publicidade para decidir com base em dados e fatos.

 

Nasceu aí a AppleStore com ilhas de tecnologia. Esta escolha e outras foram todas tomadas com base em dados e fatos. O crescimento da Apple nesta segunda passada do Jobs foi exponencial.

 

Alguns aprendem com os erros cometidos e assumem que não são donos da verdade, outros apenas buscam disfarces para continuar a sua missão de mercador de falácias.

 

Todas as empresas bem-sucedidas da economia digital construíram a sua realidade com base nos fatos e dados (aliás as grandes empresas da economia analógica também assim o fizeram).

 

A cervejaria Miller escolheu o público-alvo para a sua cerveja diet com base em uma pesquisa de mercado, a cervejaria Budweiser só lançou a sua cerveja diet com a marca Budweiser depois de avaliar o mercado com fatos e dados).

 

É evidente que os fatos e dados são dinâmicos, ou seja, são atualizados frequentemente.

 

Empresas que fracassaram ao longo da sua vida tomaram decisões com base na intuição. Algumas foram dominantes por algum tempo, mas sucumbiram diante a concorrência estruturada.

 

Atualmente empresas como Cisco, Yahoo, Novell, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Casas Bahia etc. que dominaram o mercado mundial ou local por um período são apenas membros do ecossistema empresarial (algumas morreram).

 

Quem não sabe filtrar os fatos e dados e escolher os mais relevantes para a sua caminhada está fadado ao fracasso.

 

Uma ideia vem do plano das ideias e isto não é intuição. Sair do plano das ideias e ir para o plano das realizações exige planejamento, construção logica e boas escolhas.

 

Como os mercadores de falácias adotam com frequência o viés da confirmação, segue a seguir um artigo da Harvard Business Review sobre intuição nas decisões.

 

Foi revelado pelo Eric Bonabeau que quem pensa que a intuição substitui a razão vive uma ilusão, pois ela sem uma análise rigorosa dos fatos e dados é um guia instável e pouco confiável.

Foi revelado que os pesquisadores da cognição humana mostraram que o pensamento humano é sujeito aos preconceitos e falhas no nível da intuição.

Foi afirmado que uma decisão intuitiva que gerou resultados positivos é sorte e mais cedo ou tarde, em geral mais cedo (vide lista de empresas dominantes na virada do século que hoje são empresas claudicantes) a sorte acaba.

 

Fonte: Don’t Trust Your Gut (Não confie na sua intuição), https://hbr.org/2003/05/dont-trust-your-gut, acessado em 29/11/2023 

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