quinta-feira, 10 de setembro de 2009

COMO A GOVERNANÇA DE TI É DIFERENTE DO GERENCIAMENTO DE TI?

O gerenciamento de TI tem como objetivo maximizar a função utilidade dos recursos de tecnologia (capital financeiro, ativos reais ou serviços). Na gestão de tecnologia de Informações e comunicações os benefícios da maximização da função utilidade dos recursos ocorrem dentro do silo da área. Em outras palavras para o gerenciamento estratégias como produzir um FAQ para reduzir a quantidade de analistas e despesas operacionais do SERVICE DESK tem retorno de investimento positivo.


Olhar resultados de tecnologia como um silo tem como lado positivo a facilidade para comprovar os resultados e justificar iniciativas de redução de custos. Para muitos estamos falando de fazer mais com menos.


A face negativa desta moeda é que projetos como segurança, monitoração, qualidade, inteligência e etc. ficam sem justificativa, pois o benefício está na área de negócio.


Quando a organização de tecnologia de informações e comunicações adota como modelo a prática de gerenciamento de TI a conseqüência comum é que à área é vista como centro de custo e mal necessário devido a ausência de provas reais de valor agregado ao negócio.


A governança de TI tem como objetivo maximizar o retorno de investimento em TI. A grande diferença em relação à gestão é que neste caso existe uma visão holística e os benefícios podem estar fora do silo de TI.


Neste caso estratagemas como FAQ e redução da quantidade de analistas só são válidos caso o valor reduzido seja superior ao custo da perda de produtividade da área de negócio pelo auto-atendimento. Incidentes e problemas podem simplesmente serem ignorados porque o custo da sua resolução é maior que o custo do impacto no negócio.


Indisponibilidades são vistas como perda de negócios por isto projetos de segurança, monitoração e qualidade são facilmente justificadas e aprovadas. Ao contrário do gerenciamento em que atrasos na entrega dos projetos são tolerados desde que não ocorra aumento no seu valor, na governança eles não são suportados, pois eles representam perdas na receita operacional da empresa.


A governança também é diferente porque leva em consideração a intensidade ideal de TI e a eficiência do investimento. Produzir calor ou informação inútil é caro e representa perda no investimento realizado.


Investimentos efetivos em TI impactam a infraestrutura do negócio, mas tem um ponto de saturação onde mais capital significa apenas despesa e redução do lucro.


Intensidade ideal de TI – Fonte livro: Governança Avançada de TI na Prática, Ricardo Mansur


No gráfico intensidade ideal em relação ao lucro fica claro que existe um ponto máximo. No ponto ideal temos o máximo retorno do investimento em TI. Ele ocorre porque existem processos de negócio que não estão maduros o suficiente para serem automatizados.


A questão da eficiência do investimento é muito importante para a governança, pois para agregar valor ao negócio é preciso existir inovação. Se todos os recursos estão destinados apenas para manter os sistemas de informações atuais simplesmente não existe valor agregado ao trabalho realizado.


Manter soluções antigas significa na prática gastar dinheiro na produção de calor e informações inúteis (o custo da inutilidade produzida aumenta em função da antiguidade do sistema). O mundo dos negócios e dinâmico e informações antigas em muitos casos representam apenas lixo. Manter estrutura de produção de calor e informação inútil significa apenas jogar dinheiro bom fora.


Como estas perdas ocorrem na área de negócio a visão holística da governança de TI é extremamente importante. Gastos menores com energia, refrigeração e informação reduzem o custo unitário do produto produzido e permitem realizar maior lucro. Os riscos de TI também são ministrados pela visão ampla da governança, pois sempre é avaliado o impacto no negócio das decisões da organização de tecnologia de informações e comunicações.

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