O artigo “Preço até 30% maior: Por que é tão caro processar dados no Brasil?” (https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/08/23/preco-ate-30-maior-por-que-e-tao-caro-processar-dados-no-brasil.htm, acessado em 26/08/2025) explica na dimensão financeira porque o Brasil tem menos de 2% dos data centers do mundo (EUA concentram quase 40% dos data centers no mundo; Brasil tem 1,8%, https://www1.folha.uol.com.br/tec/2025/08/eua-concentram-quase-40-dos-data-centers-no-mundo-brasil-tem-18.shtml).
A análise
da dimensão financeira das despesas, revela o custo visível de um data center
no Brasil, no entanto, ela não revela o custo invisível que é uma barreira que
impede o interesse das grandes empresas em instalar centros de processamento de
dados de inteligência artificial no território nacional.
Nas
linhas seguintes vou revelar um caso ocorrido entre julho e agosto de 2025 que
mais parece um episódio do além da imaginação tamanha é bizarra a situação.
O
telefone fixo contratado junto a operadora “XXXX” ficou mudo no dia 21 de julho
de 2025. O usuário entrou no aplicativo da operadora e respondeu todas as
perguntas da inteligência artificial (A postagem
“A IA não merece esse nome”, https://www.4hd.com.br/blog/2025/08/22/a-ia-nao-merece-esse-nome/ revela que em muitos
casos o nome inteligência artificial não é correto e o caso da operadora “XXXX”
é um deles) e agendou a visita técnica.
No dia
agendado, o técnico não compareceu e o protocolo foi fechado pelo sistema da
operadora com o telefone ainda mudo. O usuário novamente entrou no aplicativo,
passou pelo calvário de perguntas inúteis e perda de tempo e novamente agendou
a visita técnica.
Novamente,
o técnico não apareceu e o protocolo foi encerrado pelo sistema com o telefone
ainda mudo (que beleza de atendimento nota zero). Vendo que o aplicativo não
resolveu o problema, o usuário ligou para a central de atendimento e recebeu o
retorno que até o dia 08 de agosto de 2025 o problema estaria resolvido.
Mais uma
informação inútil dada por uma central de atendimento de qualidade pobre, pois
o telefone continuou mudo após a data de oito de agosto e nada foi comunicado ao
usuário.
Como nem
o aplicativo, nem a central de atendimento foram capazes de resolver o
problema, o usuário reclamou da atuação da operadora para a ANATEL.
No último
dia do prazo para responder, a operadora “XXXX” respondeu que fez várias
tentativas de entrar em contato com o usuário através do telefone mudo e o
usuário (pasmem) não a atendeu (se o telefone mudo fosse capaz de realizar comunicação
então o problema reclamado estaria resolvido).
Diante da
resposta da operadora e da falta de comunicação da solução do problema que já
ultrapassou um mês, o usuário resolveu cancelar a linha.
O show de
incompetência certamente acabaria com o cancelamento. No entanto não foi isto
que aconteceu. Alguns dias depois da conclusão do cancelamento do telefone
mudo, apareceu o técnico da operadora “XXXX” para realizar o reparo do telefone
mudo.
Tudo isto
custou muito dinheiro e foi um total desperdício de tempo e dinheiro. É por
isto que as grandes empresas de data centers não vêm para o Brasil.
Imagine
elas trabalhando com este nível de qualidade pobre de atendimento em soluções críticas
de inteligência artificial?
Imagine elas
explicando este nível de incompetência gerencial e de processos e resultados para
os seus usuários?
Falhas
acontecem, mas quando elas são repetidas à exaustação isto significa
gerenciamento pobre.
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