Foi revelado pela Febraban que em 2023, os bancos investiram aproximadamente 4,5 bilhões de reais em cibersegurança para impedir os golpes e as fraudes bancárias.
Estamos falando
de investimentos bilhões de reais que crescem ano após ano e não estão sendo
efetivos contra os ataques mais óbvios ao sistema financeiro nacional.
O artigo “Homem
é preso após desviar R$ 106 milhões com dados de gerentes de banco” (https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/nordeste/ma/homem-e-preso-apos-desviar-r-106-milhoes-com-dados-de-gerentes-de-banco/,
acessado em 06/08/2025) revelou mais um caso em que os malfeitores usaram as
credenciais de um funcionário (neste caso dois gerentes de uma agência bancária)
para fazer transferências fraudulentas.
No começo
de julho de 2025, um golpista transferiu mais de 500 milhões de reais dos bancos
usando a senha de um funcionário da empresa C&M Software.
Na Febraban
Tech de 2025 um painel discutiu a importância da força de trabalho para a cibersegurança.
Infelizmente
ainda não foi percebido pelo mercado que a força de trabalho que deve estar
envolvida com a cibersegurança não é apenas os colaboradores da organização de
tecnologia.
É o fator
humano, ou seja, todos os funcionários formando um pilar robusto e coeso da estrutura
da segurança digital do banco. Atualmente, temos diversos buracos na
cibersegurança começando nas senhas.
As senhas
mais usadas no Brasil são "123456", "123456789" e "brasil",
ou em outras palavras, muitos funcionários das empresas não dão a mínima bola
para a segurança digital e para as consequências dos ataques.
É comum encontrar
no mercado nacional, casos de carteiradas de diretores, presidentes, gerentes
etc. exigindo atendimento prioritário para assuntos banais ou para trocas de
senhas impedindo assim o trabalho da central de atendimento em questões mais
importantes de segurança.
Também é
comum encontrar situações em que os clientes relataram problemas de segurança e
eles foram completamente ignorados pelas organizações.
Não
adianta nada investir anualmente e de forma crescente bilhões de reais em
soluções de segurança digital e investir pouco ou nada em treinamentos e
mecanismos de seleção e recrutamento de funcionários.
Os fatos
recentes e mais antigos revelam que é o fator humano o grande responsável pelas
falhas de segurança, desvios de dinheiro etc.
Baixos
salários tornam viável a compra de credenciais
pelos criminosos por valores insignificantes em relação ao potencial de desvio
de dinheiro.
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