quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Óbvio Ululante

Nos últimos anos, tanto os negacionistas estão assumindo o papel de protagonistas em diversos setores da sociedade através da publicação de afirmações incompatíveis com a realidade dos fatos, quanto os “obviocionistas” estão virando especialistas em comportamento, tecnologia e negócio falando apenas o óbvio.

 

Em recente evento sobre empresas iniciantes foi recomendado que os fundadores do negócio tenham entendimento solido das finanças da sua empresa, falem olho no olho com os investidores, respondam as perguntas e provocações com calma e coerência e que busquem inicialmente os recursos de fundo perdido.

 

Sem sombra de dúvida estamos falando de recomendações importantes, o único senão é que todas elas já foram faladas milhares de vezes.

 

Em todos os livros e artigos sobre plano de negócio é dito que o fundador da empresa precisa saber se a operação da empresa iniciante é lucrativa ou deficitária antes de apresentar uma proposta para os investidores.

 

São raros os casos em que os autores dos livros e artigos sobre negócios não dizem que na primeira rodada com os investidores é preciso oferecer uma participação pequena da empresa para que tenha o que oferecer nas rodadas seguintes.

 

Estamos falando de conhecimentos que estão sendo exaustivamente repetidos por décadas, por isto eles fazem parte do óbvio no mundo dos negócios.

 

É bastante preocupante quando o óbvio é dito e o autor é visto como o descobridor do caminho para as américas.

 

Os negacionistas estão atualmente presentes em todos os lugares e em geral eles negam fatos climáticos, econômicos, comportamentais etc.

 

Recentemente postei no blog artigos que afirmam que o negócio das empresas é o desenvolvimento de software. O artigo “Montadoras tradicionais estão em desvantagem na corrida pelos softwares automotivos” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/09/montadoras-tradicionais-estao-em-desvantagem-na-corrida-pelos-softwares-automotivos.shtml, acessado em 01/10/2024) revelou um estudo que afirmou que as montadoras estão procurando desenvolvedores nas empresas de tecnologia, estão investindo bilhões de dólares no desenvolvimento de software e acreditam que até 2040 cerca de 40% (20 trilhões de dólares) das receitas da indústria automotiva virá dos serviços de assinatura.

 

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