quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Mais um golpe

Recentemente, eu recebi os detalhes de mais um golpe que está sendo praticado no território nacional. Todos os golpes digitais são prejudiciais à economia brasileiro, mas este em particular tem o potencial de destruir uma parte importante do nosso sistema produtivo.

 

O artigo “Faturamento do crime digital é 40% maior do que verba das polícias do país” revelou que os crimes digitais superaram a casa de R$ 190 bilhões por ano no Brasil (https://noticias.uol.com.br/colunas/jose-roberto-de-toledo/2024/09/04/faturamento-do-crime-digital-e-40-maior-do-que-verba-das-policias-do-pais.htm, acessado em 08/10/2024).

 

Para comparar o tamanho do problema dos golpes digitais, o censo realizado pela Abrasce revelou que os shopping centers faturaram R$ 194,7 bilhões em 2023 (Em um ano com grandes desafios, o setor fecha com mais lojas, empregos, fluxo e recorde de vendas, https://revistashoppingcenters.com.br/capa/censo-brasileiro-de-shopping-centers/#:~:text=Shopping%20centers%20faturam%20R%24%20194,pot%C3%AAncia%20do%20segmento%20na%20economia).

 

As informações que recebi o golpe são preocupantes, porque se nada for feito uma parte significativa do setor de serviços nacional poderá ser inviabilizada.

 

O golpe usa os “serviços de informações” (aliás o STF deveria atentar que muitos não têm representantes no Brasil e não seguem as legislações nacionais de proteção de dados) e conseguem informações sobre a vítima e do seu parentesco próximo (nomes, CPF, endereços etc.) usando como chave de pesquisa o número do celular.

 

Os chamados “serviços de informações” alegam que apenas compilaram as informações públicas dos brasileiros. O fato de uma praça ser um ambiente público não significa que eu posso ir lá e construir a minha casa.

 

É mais do que evidente que é preciso autorização do dono dos dados pessoais para que o “serviço de informações” possa explorar a venda deste serviço.

O Supremo Tribunal Federal que usou a letra lei brasileira para punir e bloquear o X deve usar a mesma régua contra as outras plataformas que não seguem a lei brasileira.

 

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