terça-feira, 16 de agosto de 2016

Situação da Quarta Revolução Industrial

O artigo "Para ser boa, cirurgia com robô depende de bom médico" (http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/08/1799561-para-ser-boa-cirurgia-com-robo-depende-de-bom-medico.shtml, acessado em 16/08/2016) revela em algum grau o atual estágio da evolução da indústria 4.0. Foi afirmado no artigo que o sucesso da cirurgia de prostatectomia radical é consequência direta do nível de experiência do cirurgião. Em outras palavras, é o regime de trabalho colaborado entre o cirurgião e o robô que leva aos bons resultados.

É evidente que não é um caso único. Em diversas áreas do conhecimento humano o saber profundo das pessoas está levando a efetividade produtiva para um novo patamar com as máquinas inteligentes. Toda a sociedade é beneficiada pelo trabalho cooperado dos seres humanos com os robôs. Quando o Nicholas Carr afirmou no seu mais recente livro (Utopia is Creepy: And Other Provocations, editora Norton & Co., setembro de 2016) que apenas a tecnologia não é solução para todos os problemas da humanidade, ele destacou a importância do trabalho colaborado entre humanos e máquinas inteligentes (O software está engolindo o mundo. E daí?, http://cio.com.br/tecnologia/2016/08/12/o-software-esta-engolindo-o-mundo-e-dai/, acessado em 18/08/2016) .

É preciso ter a devida clareza neste assunto para que todos entendam a importância da qualificação. O ensino nas escolas precisa urgentemente mudar de patamar para incentivar as crianças a pesquisar cada vez mais. É preciso entender que proibir celulares nas escolas só vai atrasar o desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos.

Em uma recente reunião que participei uma pessoa revelou desconhecer o significado da palavra “fidedigno”. Imediatamente foi possível consultar o seu significado usando o celular. É assim que o conhecimento é gerado e fixado na cabeça das pessoas na segunda década do século XXI. Estamos vivendo um momento onde uma grande parte do conhecimento humano está disponível na Internet em várias línguas. É preciso que o sistema de ensino público assuma o seu papel de oferecer educação continuada para toda a população.

O grande desafio dos próximos anos não será o acesso as máquinas inteligentes. Elas estarão disponíveis para todos com preços acessíveis. Os robôs usados na medicina serão cada vez mais baratos. O real desafio será formar e manter profissionais qualificados para explorar todas as potencialidades das máquinas inteligentes. As crianças precisam descobrir que celulares não são instrumentos de diversão apenas. Na escola eles são ferramentas de aprendizado. Toda vez que um professor lança um desafio para a sua classe de pesquisar na aula sobre um assunto e apresentar para os colegas as suas conclusões pessoais ele estará desenvolvendo as habilidades cognitivas dos alunos impondo a restrição do tempo. As capacitações de objetividade e efetividade estarão sendo desenvolvidas. Toda vez que o estado reconhece o aprendizado autodidata ele estimula o aprendizado continuo e cria cadeia de valor de longo prazo. Estamos em um momento onde a escola está em todos os lugares e isto deve ser reconhecido e explorado.
O conceito do professor como facilitador do aprendizado ganhou novo contexto em 2016. É imperioso rever a estrutura do ensino olhando as tecnologias disponíveis no século XXI. É importante que os olhos estejam bem abertos para que o atraso não impeça o crescimento de uma nação inteira. O artigo “Tá de sacanagem, né? PROCON da Paraíba estuda proibir Pokémon GO no Brasil” (http://www.tecmundo.com.br/pokemon-go/108423-ta-sacanagem-ne-procon-paraiba-estuda-proibir-pokemon-go-brasil.htm, acessado em 16/08/2016) revelou que PROCON da Paraíba deseja bloquear o app Pokémon Go por causa de situações alheias ao aplicativo. No entanto, o artigo “Pokémon Go: mais um problema a administrar ou um recurso a utilizar?” (http://educacao.uol.com.br/colunas/vera-cabral/2016/08/11/pokemon-go-mais-um-problema-a-administrar-ou-um-recurso-a-utilizar.htm, acessado em 16/08/2016) revelou as melhorias de crianças autistas geradas pela interatividade da realidade aumentada (http://www.autismpedagogy.com/).

Será que compensa ter um país inteiro renegado ao atraso por conta de pessoas incapazes de perceber os benefícios causados pela tecnologia? Máquinas inteligentes geram o desaparecimento de posições de trabalho. Já ocorreu no passado com a máquina de escrever, elevador e etc. e vai acontecer agora por causa dos robôs. Será que o estado brasileiro vai proibir o uso de robôs por conta disto ou será que ele vai explorar as oportunidades e vai gerar crescimento e renda?


É comum encontrar no metrô de São Paulo jovens vendendo produtos não perecíveis dentro dos trens. Será que estes jovens sabem que é possível montar uma loja virtual para vender os seus produtos sem custo algum? São oportunidades que são perdidas que enfraquecem o desenvolvimento da juventude brasileira. Como contrapartida de tais equívocos é importante destacar a efetividades dos vendedores de guardas chuvas nas saídas do metro nos dias de chuva. Bastou chover que eles estão oferecendo os seus produtos na saída das estações do metrô. É o exemplo positivo da exploração da oportunidade com efetividade e inteligência. 

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