Infelizmente
a cultura do atraso tornou o Brasil no país do desperdício. Ao mesmo tempo em
que milhões de brasileiros passam fome (No Brasil, 2,5% da população está em
grave situação alimentar, https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2018/09/11/no-brasil-fome-se-estabiliza-e-22-da-populacao-e-obesa-segundo-fao.ghtml)
os supermercados jogam no lixo bilhões de reais em alimentos (Supermercados
desperdiçam R$ 3,9 bi em alimentos por ano, diz Abras, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/08/supermercados-desperdicam-r-39-bi-em-alimentos-por-ano-diz-abras.shtml,
acessado em 24/09/2018).
Basta
uma rápida visita aos supermercados para perceber porque bilhões de reais vão
para o lixo todos os anos. Existe uma completa falta de controle do estoque em
relação ao prazo de vencimento dos alimentos. É vergonhoso para qualquer gestor
capacitado que os maiores supermercados do país sejam incapazes de ofertar os
alimentos conforme a sua data de validade. Qualquer sistema mequetrefe de
inteligência artificial é capaz de fazer isto e eliminar o desperdício de
alimentos.
A
cultura do atraso não é privilégio de um único setor da economia nacional. O
sábio médico Claudio Lottenberg que é presidente do conselho deliberativo do
Hospital Israelita Albert Einstein afirmou que a digitalização do sistema de
saúde pública e a telemedicina podem reduzir 33% dos gastos do sistema pela
eliminação dos desperdícios causados por práticas obsoletas, retrabalhos,
redundâncias, burocracia desnecessária e fraudes. (Atraso crônico, https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2018/04/claudio-lottenberg-atraso-cronico.shtml).
Como
o orçamento da saúde é de cerca de R$ 120 bilhões é fácil perceber que um
pequeno investimento em tecnologias como internet das coisas e inteligência
artificial pode eliminar dezenas de bilhões de reais de desperdícios do sistema
de saúde.
A
cultura do atraso está largamente difundida no Brasil. A causa raiz da incessante
busca pelo pior possível é a qualificação da gestão. O grupo Abril foi fundado
em 1950. Em 2018, o grupo entrou em recuperação judicial com dívidas de R$ 1,6
bilhões. A empresa entrou em dificuldades após a criação da TVA e o abandono da
sua promissora plataforma de internet (abandonou parceria com UOL).
Os
gestores do grupo fazem parte do seleto grupo de administradores que não
acreditaram no potencial da internet e da transformação digital. A empresa
ficou confinada ao passado e perdeu lucratividade e faturamento. Apesar de
todos os defeitos na gestão da TVA, o grupo abril conseguiu vender com lucro a
empresa. Como dinheiro na mão é vendaval, em pouco tempo o dinheiro ganho com a
venda da TVA foi embora e o prejuízo entrou em cena.
O
grupo Abril não foi o único que escolheu contratar com base no atraso. Recentemente
a Fundação Procon-SP multou diversas grandes empresas por prática ilegal nas
iniciativas de telemarketing (Essas 20 empresas foram multadas por ligar mesmo
você não querendo, https://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/09/03/essas-20-empresas-foram-multadas-por-te-ligar-mesmo-voce-nao-querendo.htm). Infelizmente o
capital intelectual restrito impede que os maiores bancos brasileiros percebam
que estre tipo de ação de telemarketing é inútil. A capacitação interna e
externa destas empresas é tão baixa que elas preferem atuar em desacordo com a
lei, porque está é a única solução que os seus gênios conseguem encontrar para
as baixas vendas.
As
operadoras de telefonia desempenham um capítulo à parte no circo de horrores
dos mercadores de tolices. As empresas Oi, Claro e Vivo foram multadas pelo Departamento
de Proteção e Defesa do Consumidor por cobrar por serviços não solicitados
pelos consumidores (Oi, Claro e Vivo são multadas em R$ 9,3 mi por
irregularidade em venda de serviço, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/09/oi-claro-e-vivo-sao-multadas-em-r-93-mi-por-irregularidade-em-venda-de-servico.shtml).
A alegação da defesa é infantil. Informaram que terceiros são os responsáveis
pelos serviços cobrados indevidamente. Porque elas estabeleceram parcerias com estes
terceiros? As reclamações dos consumidores são bem antigas.
As
pessoas que trabalham neste perfil empresarial devem ter autoestima muita
baixa. Pessoas mediamente qualificadas aceitam trabalhar apenas em empresas
honestas e sérias.
Uma
das coisas interessantes dos que semeiam a cultura do atraso é o elevado nível
de soberba e arrogância. No passado, eu debati sobre qualificação da mão de
obra com o CEO de uma empresa de consultoria de pequeno porte. Depois que
afirmei que a política de contratações definida por ele iria levar o negócio
para derrocada, ele afirmou que estava operando com elevada lucratividade.
Alguns dias depois a empresa fechou as portas.
É
muito comum encontrar este perfil profissional vivendo em um universo
alternativo. As dificuldades que os profissionais desqualificados têm com a
matemática básica são impressionantes. Eles não são capazes de somar e subtrair.
Dentro do universo dos mercadores de tolices eles tentam vender a imagem de
excepcionais gestores e resultados expressivos. Quando o caixa da empresa foi
avaliado ficou claro que a empresa dava prejuízo operacional.
No
artigo Aritmética para iniciantes (https://www1.folha.uol.com.br/colunas/alexandreschwartsman/2018/09/aritmetica-para-iniciantes.shtml)
o Alexandre revelou que existe enorme dificuldade na realização de operações
aritméticas básicas aqui no Brasil. Por causa disto, existe a criação de
universos alternativos onde a soma de um mais um resulta em um milhão. Nestes
universos as empresas não quebram e quando os clientes compram produtos e
serviços da China eles apenas não sabem comprar.
No
universo real dos fatos, a capacitação tem enorme valor nas corporações. Muita
gente associa a juventude e o abandono dos estudos com o sucesso das empresas
fundadas pelo Steve Jobs, Bill Gates, Mark Zuckerberg, Sergey Brin, Larry Page e
Jeff Bezos (Tempo é aliado dos empreendedores mais velhos, https://www1.folha.uol.com.br/tec/2018/09/tempo-e-aliado-dos-empreendedores-mais-velhos.shtml).
O
estudo "Idade e Empreendedorismo de Alto Crescimento", dos
economistas Pierre Azoulay, Benjamin Jones, J. Daniel Kim e Javier Miranda,
revelou que foram criadas aproximadamente 3 milhões de empresas nos Estados
Unidos entre 2007 e 2014. A idade mediana dos fundadores é de 41,9 anos, ou
seja, várias startups que receberam investimentos de capital tinham fundadores
com idade acima de 40 anos.
Não
é difícil perceber a influência da capacitação no sucesso profissional e na
inovação. O produto iPhone foi criado pelo Steve Jobs de cabelo branco. A Amazon
virou potência mundial de comércio eletrônico nas mãos do Jeff Bezos de cabelos
brancos. As empresas Google e Microsoft alcançaram seus postos mais elevados
nas mãos dos seus fundadores na versão cabelo branco.
É
evidente que capacitação não é consequência direta dos cabelos brancos como
alguns simplistas insistem em afirmar. Capacitação é consequência de
aprendizado. Isto significa que pessoas com cabelos brancos tiveram mais
oportunidades que os jovens imberbes. Os que aproveitaram as oportunidades
tiveram como resultado capacitação superior.
A
capacitação superior leva para as organizações para o território das inovações promissoras
e sucesso. Infelizmente a cultura do atraso nacional despreza a capacitação e
acha que juventude é fator necessário e suficiente para inovar.
A
cultura do atraso levou o Brasil na direção de incontáveis fracassos. A fábrica
da Ceitec S.A foi inaugurada em 2010 para produzir chips (Estatal do chip de R$
500 mi está parada, https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me0909201004.htm).
Em 2018 é retumbante o fracasso da empresa. Os gestores de tecnologia
qualificados foram ignorados na política de contratações. O resultado foi
prejuízo em cima de prejuízo. Passados 8 anos qual é a relevância da Ceitec no
mercado mundial de chips?
Os
artigos “Ainda precisa pastar muito” (https://epocanegocios.globo.com/Informacao/Dilemas/noticia/2012/11/ainda-precisa-pastar-muito.html),
"O Brasil sonhou em fazer chips. Mas por enquanto conheceu só suas
dificuldades" (https://www.gazetadopovo.com.br/economia/o-brasil-sonhou-em-fazer-chips-mas-por-enquanto-conheceu-so-suas-dificuldades-1jcx54p1qhp10gktgon8zcluv/)
e “Governo decide contratar consultoria britânica para definir rumos do Ceitec”
(https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2013/08/governo-decide-contratar-consultoria-britanica-para-definir-rumos-do-ceitec-4220772.html)
revelaram que a fábrica da Ceitec S.A é irrelevante no cenário nacional.
No
mundo, o mercado de chips é de cerca de US$ 0,5 trilhão. O mercado brasileiro é
de cerca de US$ 10 bilhões. As vendas de empresas brasileiras representam menos
de 10% (Com prejuízo de R$ 42,6 milhões, Ceitec foca no setor privado para se
sustentar, https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/noticia/2018/06/com-prejuizo-de-r-426-milhoes-ceitec-foca-no-setor-privado-para-se-sustentar-cjj0m1unr0hrf01pab7dxgek0.html).
A
cultura do atraso brasileiro é tão grande que a Ceitec que recebeu
investimentos do governo de mais de um bilhão de reais e tem prejuízo acumulado
da sua inauguração até hoje de mais de 40 milhões de reais produz chips de 600
nanômetros que são caros e suscetíveis a erros. O capital intelectual superior
faz chips com menos de 50 nanômetros.
A
escolha nacional pelo atraso inibiu a formação de mão de obra qualificada capaz
de projetar chips. Vale lembrar neste ponto, que a nossa cultura do atraso é
tão grande que os acordos comerciais contratuais são esquecidos. No processo de
seleção do padrão da TV digital, foi condicionada à contrapartida de construir
uma fábrica de semicondutores no Brasil. Aparentemente os mercadores de tolices
esqueceram desta cláusula do contrato (TV digital: Toshiba abandona projeto de
semicondutor no Brasil, http://www.intervozes.org.br/direitoacomunicacao/?p=20635).
Como
os mercadores de tolices não são capazes de aprender com os erros cometidos no passado,
eles os repetem com exaustão. Mais um bilhão de reais foi para o lixo em outra
fábrica de chips (Após receber quase R$ 1 bi, fábrica de chips criada por Eike
ainda opera parcialmente, https://www.brasil247.com/pt/247/economia/324893/Após-receber-quase-R$-1-bi-fábrica-de-chips-criada-por-Eike-ainda-opera-parcialmente.htm).
Foi
afirmando em setembro de 2010 que o Veículo Lançador de Satélites será
realidade em 2015 (Foguete nacional só deve decolar em 2015, https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe0909201001.htm).
A cultura do atraso não tem limites na sua capacidade de jogar dinheiro no
lixo. O Centro de Lançamento de Alcântara foi inaugurado em 1983 e até 2018
lançou 475 foguetes. Ou em outras palavras 475 lançamentos em 15 anos, média de
32 por ano. Números irrisórios. É claro que os mercadores não iriam parar no
primeiro fracasso.
Em
2003, o governo do PT criou a Alcântara Cyclone Space. O Brasil jogou no lixo
quase 500 milhões de reais sem lançar um único foguete. Como o poço da burrice
eterna não pode jogar no lixo apenas meio bilhão de reais, existe a multa por
rescisão do contrato à favor da Ucrânia de 2 bilhões de reais (Brasil tenta há
2 anos encerrar parceria com Ucrânia que custou R$ 483 mi e não lançou foguete,
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/02/15/tcu-critica-projeto-brasileiro-que-custou-r-483-mi-e-nao-lancou-foguete-fragil-e-otimista.htm).
O Tribunal de Contas da União avaliou que a Alcântara Cyclone Space como um
projeto "frágil e otimista". Palavras gentis para o trabalho dos
geniais gênios brasileiros.
Dando
continuidade ao ciclo de genialidades, existe a pretensão de criar mais uma
estatal para alugar o Centro de Lançamento de Alcântara (FAB quer arrecadar R$
140 milhões ao ano com 'aluguel' da base de Alcântara, https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2018/09/fab-quer-arrecadar-r-140-milhoes-ao-ano-com-aluguel-da-base-de-alcantara.shtml).
É genialidade atrás de genialidade.
A
cultura do atraso nacional está presente em todos os lugares. Em recente
conversa com o filho do proprietário de uma famosa empresa de recursos humanos,
ele disse que o fechamento das lojas da Fnac era um indicador que sinalizava a
derrocada da estratégia das pessoas avaliarem os produtos nas lojas físicas e
comprarem pela internet. (Fnac fecha as portas na Avenida Paulista; só resta
uma loja no Brasil, https://exame.abril.com.br/negocios/fnac-fecha-as-portas-na-avenida-paulista-so-resta-uma-loja-no-brasil/amp/).
As
dificuldades intelectuais estão inviabilizando atividades básicas como a
interpretação de texto. No artigo acima foi afirmado que a livraria cultura recebeu
dinheiro da Fnac para renegociar os passivos e encerrar a presença da empresa
no Brasil. Basta observar os fatos para perceber a realidade. O profissional
não percebeu que o fechamento das lojas é consequência da recessão.
Alguns
dias depois foi publicado o artigo “Comércio virtual será principal canal de
vendas, diz Cultura após fechamento de unidades da Fnac” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/09/comercio-virtual-sera-principal-canal-de-vendas-diz-cultura-apos-fechamento-de-unidades-da-fnac.shtml0.
A livraria Cultura afirmou que as lojas físicas têm como objetivo estratégico o
fortalecimento da marca através de ações de marketing, de políticas de
engajamento com consumidor e de relacionamento, ou seja, é o local onde o
consumidor irá conhecer e a avaliar os produtos. O portal de comércio
eletrônico será o principal canal de venda dos produtos.
Basta
ver o que a China está fazendo para ver para onde o progresso está caminhando.
Foi afirmado que a internet das coisas permitiu o aparecimento de lojas físicas
meramente demonstrativas. As lojas não têm estoque e não vendem nada. São na
realidade lojas mostruários onde o consumidor experimenta as ofertas como
roupas e etc. O cliente pode escanear o código do produto com o celular e pagar
digitalmente. O produto é entregue no local desejado no mesmo dia (China dá
baile em internet das coisas, https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2018/04/china-da-baile-em-internet-das-coisas.shtml).
No
campo das criptomoedas, o Brasil mostra o gigantismo do seu atraso. Enquanto
países como a China e Índia avançam na digitalização do dinheiro e colhem os
benefícios do menor custo de produção, operação e de segurança, o Brasil está
estagnado no quesito governo digital.
O
absolutismo dos detentores das chaves do poço da burrice eterna é de largo
espectro. Enquanto os países com perfil sociocultural similar ao Brasil estão
avançando velozmente na direção do dinheiro digital, o Brasil vive nas
limitações intelectuais dos mercadores de tolices que tem tanta soberba que
acham que podem extrapolar as suas limitações para toda a população brasileira.
A Índia retirou de circulação todas as cédulas de rupias indianas acima da
nossa paridade cambial de R$ 20 (Governos são plataformas tecnológicas, https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2018/06/governos-sao-plataformas-tecnologicas.shtml).
O
país reduziu os seus gastos e avançou na competitividade. A China movimenta o
equivalente ao PIB brasileiro em pagamentos móveis. O país está acabando com os
desperdícios das filas para pagamentos ao mesmo tempo em que bancariza a sua
população rural com investimento baixo. O custo marginal de uma transação
digital está caindo dramaticamente. A população rural tem agora acesso ao
sistema de crédito e compras online (https://copyfromchina.blogosfera.uol.com.br/2018/05/02/a-china-esta-pronta-para-dizer-tchau-para-dinheiro-e-cartoes-de-credito/).
Enquanto
os nossos mercadores de tolices arrumam dificuldades, os indianos, uruguaios,
chineses e etc. arrumam facilidades (Governos usam tecnologia e identidade
digital para diminuir burocracia, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/08/governos-usam-tecnologia-e-identidade-digital-para-diminuir-burocracia.shtml).
O Ilves afirmou que a digitalização gerou uma economia de 2% do Produto Interno
Bruto (PIB) para a Estônia.
O
trabalho dos mercadores de tolices está presente até mesmo no conservador setor
bancário. Depois de muito tempo, o BNDES reconheceu que deu dinheiro dos
brasileiros para Cuba e Venezuela (foi afirmado pelo BNDES que Cuba e Venezuela
não tinham condições de honrar os empréstimos concedidos pelo Banco, https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2018/09/18/presidente-bndes-diz-que-emprestimos-para-cuba-e-venezuela-foram-um-erro-discute-divida.htm).
A
genialidade brasileira de emprestar dinheiro para os projetos sem retorno de
países sem capacidade de pagamento fará com que as pessoas físicas gastem entre
2017 a 2022 R$ 1,04 trilhão (aproximadamente 1/7 do PIB de 2017) para pagar os
empréstimos realizados em 2017 (ANÁLISE DOS JUROS E DO SPREAD BANCÁRIO, http://apps.fiesp.net/fiesp/newsletter/2018/decomtec/spread-brasileiro-26-04-18/Analise-Juros.pdf).
A lógica dos bancos é socializar os prejuízos dos empréstimos.
É
impressionante como é grande a lista de perdas nacionais por causa da falta de
capacitação. A empresa Facebook ficou
com a maior parte dos R$ 17 milhões gastos pelos candidatos para impulsionar
conteúdo nas redes. Como em momento algum o Brasil investiu no desenvolvimento
de redes sociais, o país está gastando o dinheiro dos impostos dos brasileiros
para gerar empregos para os Estados Unidos (Candidatos destinam 1,6% dos gastos
da eleição de 2018 para anúncio online, aponta balanço parcial., https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/noticia/2018/09/18/candidatos-destinam-16-dos-gastos-da-eleicao-de-2018-para-anuncio-online-aponta-balanco-parcial.ghtml).
É
mais uma solução genial do país onde falta trabalho para quase 30 milhões de
pessoas (Falta trabalho para 27,6 milhões de brasileiros, aponta IBGE, https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/08/16/falta-trabalho-para-276-milhoes-de-brasileiros-aponta-ibge.ghtml).
O
país que fez a copa de 2014 e as olimpíadas de 2016 com mais de R$ 90 bilhões (O
preço da Copa e das Olimpíadas. OAB protesta, https://blogdojuca.uol.com.br/2011/06/21570/)
não foi capaz de investir 0,01% deste total no lucrativo negócio de rede
social.
No
setor industrial, o Brasil também em regime de derrocada. A automação
industrial melhora a produção, aumenta a qualidade e reduz o desperdício. Em
outras palavras competir contra a automação é uma luta inglória. O resultado é
falência. A indústria brasileira ocupa um dos últimos lugares em termos de
automação e qualificação por causa de erros na estratégia corporativa. As
dificuldades do capital intelectual fatalmente levarão a indústria brasileira
para a bancarrota. Por décadas a indústria escolheu demitir profissionais qualificados
experientes e contratar jovens.
O
Brasil precisa urgentemente aumentar a sua eficiência e eficácia industrial.
Existe um sério risco de o país perder todo o seu parque industrial por causa
do baixo nível de automação (Brasil fica entre os últimos lugares em ranking de
automação de empresas, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/08/brasil-fica-entre-os-ultimos-lugares-em-ranking-de-automacao-de-empresas.shtml).
É
evidente que a automação vai eliminar milhões de postos de trabalho no mundo (Era
dos robôs está chegando e vai eliminar milhões de empregos, https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2018/07/era-dos-robos-esta-chegando-e-vai-eliminar-milhoes-de-empregos.shtml).
No entanto, o ser humano continuará ocupando posição de extrema relevância nas
organizações. Isto significa que é preciso qualificar as pessoas em novas
habilidades.
A
capacitação de programação precisa fazer parte do dia a dia dos profissionais.
É preciso começar este aprendizado desde cedo. Atividades lúdicas são capazes
de ensinar as crianças a programar. Não é algo tão diferente do que o brinquedo
lego foi para ensinar criatividade para as crianças.
Iniciativas
como o kit de programação Harry Potter da Kano (https://tecnologia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2018/08/08/kit-do-harry-potter-ensinara-criancas-a-programar-usando-varinha-magica.htm)
são muito importantes para remodelar o ensino e capacitar as novas gerações com
habilidades de lógica e interpretação de texto.
O
resultado prático do trabalho dos mercadores de tolices é perda de riqueza. Um
bom exemplo deste tipo de atuação é o caso Adidas versus WTorre. A Adidas
lançou em 2015 uma linha de camisetas com a imagem do Allianz Parque sem
autorização da WTorre. Toda a produção foi perdida, pois teve que ser retirada
das lojas. A Adidas além da perda da produção e logística das camisas também
perdeu uma parte do lucro das poucas camisas vendidas. O resultado do trabalho não
foi genial? (Adidas terá de indenizar WTorre por camisa com imagem de Allianz
Parque, https://esporte.uol.com.br/futebol/de-primeira/2018/09/20/adidas-tera-que-indenizar-wtorre-por-camisa-com-imagem-de-allianz-parque.htm).
A
diferença gerada pelo capital intelectual é gigantesca. O músico MC Fioti pertence
ao seleto clube de 1 bilhão de visualizações no Youtube com a música “Bum Bum
Tam Tam” (O funk de um bilhão de views, https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2018/09/o-funk-de-um-bilhao-de-views.shtml).
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