quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Efeito da Inteligência artificial na micro e macro economia brasileira

O artigo “Ela teve rosto 'roubado' em falsa entrevista e virou vítima de golpe” (https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2025/10/14/golpe-biometria-facial.htm, acessado em 14/10/2025) revelou de forma clara e transparente um dos efeitos negativos do uso da inteligência artificial na microeconomia.

 

O uso das tecnologias de reconhecimento facial para a liberação de financiamentos, empréstimos etc. está criando um ambiente de negócios altamente contestável e extremamente favorável aos malfeitores.

 

A declaração da Francielli Kretchmer no artigo “Ela teve rosto 'roubado' em falsa entrevista e virou vítima de golpe” revelou que em uma entrevista de emprego fotos e documentos foram capturados e foram usados para aprovar um financiamento de um carro de R$ 180 mil e que ela não foi a única vítima deste golpe.

 

Ou seja, uso extremamente pobre das tecnologias de reconhecimento facial da inteligência artificial pelos agentes econômicos.

 

Se tal situação for sistematizada pelos golpistas, em breve o nível de credibilidade do sistema financeiro nacional cairá por terra e teremos problemas sistêmicos de contestações.

 

Não é um caso isolado. O problema da indústria de bebidas alcoólicas em relação à adulteração do produto está jogando por terra a credibilidade do segmento econômico e poderá levar para uma onda de quebradeiras de bares, restaurantes, supermercados de pequeno e médio porte, distribuidores, importadores e fabricantes.

 

Foi revelado prejuízo na venda de bebidas (vodca, uísque, cachaça e gin) de até 50% (Crise do metanol derruba entre 30% e 50% do faturamento de bares, https://www.gazetadopovo.com.br/sao-paulo/crise-do-metanol-derruba-faturamento-bares-bebidas-alcoolicas/).

 

As soluções de Blockchain e inteligência artificial poderiam estar sendo utilizadas pelo ecossistema produtivo para retirar do mercado as bebidas adulteradas e resgatar a credibilidade da rastreabilidade do segmento econômico.

Foi revelado que as vendas de gin, vodca e uísque caíram 34% em supermercados e atacarejos da região metropolitana de São Paulo. Fonte: Intoxicação por metanol derruba em 29% venda de destilados em supermercados, https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/intoxicacao-por-metanol-derruba-em-29-venda-de-destilados-em-supermercados/.

 

O artigo “IA: forte disrupção do trabalho, pequeno incremento macroeconômico” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/10/ia-forte-disrupcao-do-trabalho-pequeno-incremento-macroeconomico.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo) revela o efeito da inteligência artificial na macroeconomia brasileira.

 

O autor Álvaro Machado Dias, apresenta no texto diversos gráficos, projeções e equações sobre o impacto da IA no crescimento do PIB. O blog concorda com algumas premissas apontadas, mas não com todas, e em particular uma delas muda radicalmente os números.

 

O Dias, afirmou que setores como o financeiro que tem infraestrutura moderna, capital humano qualificado e margens elevadas farão uma passagem mais suave do que setores que não tem estes atributos.

 

Aparentemente não é claro para todos que melhores perguntas obterão melhores respostas da inteligência artificial. O capital intelectual qualificado citado não necessariamente gera melhores perguntas. Existem casos que foram geradas piores perguntas.

 

No artigo “Médicos vs. ChatGPT O que importa é saber usar a experiência” (https://www1.folha.uol.com.br/colunas/suzanaherculanohouzel/2024/11/medicos-vs-chatgpt.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo) a Suzana Herculano-Houzel afirmou que “Se o ChatGPT na mão dos autores dá conta do recado, mas na mão dos médicos não faz diferença, é porque os médicos que fizeram o teste não sabem usar a ferramenta à sua disposição”, ou em outras palavras não é regra geral dizer que capital intelectual qualificado gera melhores perguntas.

 

Recentemente eu presenciei uma situação em que a escolha de atuação dos profissionais foi a pior possível. Em uma respeitável e famosa loja de doces e café a conexão dos caixas com a internet parou de funcionar.

 

O profissional responsável pelo caixa (era muito bem qualificado para a função) resolveu ficar apertando uns botões no tablet para resolver o problema e deixar os clientes esperando em uma fila que só crescia.

 

Após algum tempo (afinal tempo é dinheiro), os clientes desistiam das compras e foram embora. Como era loja de shopping, muitos fizeram as suas compras em lojas da concorrência.

 

Eu já vi este filme em lojas que faliram ou em outras lojas de café que perderam sua freguesia.

 

É um caso típico de profissional que faz a pergunta errada. Na mente dele, a pergunta era atender as pessoas usando pagamento manual ou deixar as pessoas esperando enquanto ele apertava botões. Ele escolheu apertar botões.

 

Claramente estamos falando de perguntas erradas para a inteligência artificial que geram efeito cascata na economia e que inibem a geração de valor agregado para o PIB.

 

É muito importante destacar neste momento que a resposta da inteligência artificial nem sempre é verdadeira. Foi revelado que a IA afirmou que sou autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Cavaquinho e fui biógrafo de Nelson Rodrigues, não Cavaquinho. (Besteiróis da IA, https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2025/10/besteirois-da-ia.shtml).

 

Em outras palavras, o usuário precisa conhecer o assunto em pauta com a inteligência artificial bem o suficiente para reconhecer os erros e inconsistências das respostas.

 

Infelizmente, o processo de treinamento da inteligência artificial não é divulgado com a devida transparência e por isto o usuário não sabe se ela foi treinada com informações erradas ou falsas.

 

 

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