quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Golpes digitais

Apesar de todos os alertas emitidos por bancos, especialistas de segurança, blogueiros etc. a quantidade de golpes digitais bem-sucedidos vem aumentando no Brasil de forma preocupante.

 

A cada dia vemos nos meios de comunicação um novo golpe digital, ou mais precisamente uma nova roupagem para um velho golpe digital.

 

Muitas empresas, escolas, entidades, organizações sociais, agências governamentais etc. sofreram com o sequestro dos computadores e dados (ransomware).

 

Alguns conseguiram restaurar o ambiente a partir de um backup, outros simplesmente pagaram e tivemos casos de perda total (por exemplo, quem pagou e não recebeu a senha).

 

Muitos ataques contra as empresas começam na central de atendimento. São ataques sociais com pessoas se identificando como uma outra pessoa e conseguindo convencer o analista para “zerar a senha”.

 

A bandidagem faz a sua lição de casa e ataca de uma forma mais ou menos convincente. Os relatos das conversas revelam que na maioria dos casos o analista foi convencido através de argumentos fracos.

 

As perdas corporativas e pessoais com os golpes digitais já estão em um nível significativo em relação ao PIB brasileiro. É preciso interromper este ciclo com urgência, pois algumas operações estão inviabilizando.

 

Quando questionado sobre o assunto, eu recomendei a intensificação do uso da inteligência artificial pela central de serviços para que exista uma melhor identificação de quem está do outro lado e uma requalificação dos agentes.

 

Existem muitos casos de argumentos frágeis convencerem as pessoas a fazerem o que os malfeitores querem. São considerações desprovidas de lógica.

 

Um exemplo de um ataque com argumento frágil. Uma pessoa recebeu um zap de uma pessoa se passando por um parente e dizendo que o celular foi para conserto e por isto trocou de número.

 

A solução é só colocar o chip no telefone novo, ou seja, trocar de número não tem sentido lógico. Em poucos minutos de conversa, o malfeitor inventa um problema bancário e pede dinheiro.

 

Outros golpes similares que são derivações do mesmo golpe. O golpe do falso sequestro, ou da falsa venda, ou do investimento falso com ganhos exuberantes, ou da batida de carro ou etc.

 

Estes e mais uma grande quantidade de golpes são baseados em um novo número de telefone. Ou em outras palavras, começou com a conversa que mudou o número desconfie.

 

Nas centrais de atendimento o número do telefone de quem está solicitando o “reset” de uma senha não pode ser diferente do número usado normalmente pelo funcionário.

 

A inteligência artificial (IA) é capaz de capturar esta informação e avisar o analista que a solicitação é um possível golpe. Neste caso, a IA pode oferecer algumas perguntas que permitem identificar a veracidade da solicitação.

 

No caso das pessoas fingindo serem outras é uma pergunta pode resolver o problema de identificar. Comente sobre uma pessoa que não existe no relacionamento entre as partes e pergunte se tal pessoa foi acionada.

 

Se a resposta for positiva é sinal que é um golpe em andamento.

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