Na terça-feira,
18 de dezembro de 2018 eu publiquei a postagem “A república dos mercadores de
tolices e o poço da burrice eterna” (http://itgovrm.blogspot.com/2018/12/a-republica-dos-mercadores-de-tolices-e.html?m=0,
acessado em 24/06/2021).
Na postagem
eu fiz a seguinte afirmação: “A cultura do atraso levou o Brasil na direção de
incontáveis fracassos. A fábrica da Ceitec S.A foi inaugurada em 2010 para
produzir chips (Estatal do chip de R$ 500 mi está parada, https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me0909201004.htm).
Em 2018 é retumbante o fracasso da empresa. Os gestores de tecnologia
qualificados foram ignorados na política de contratações. O resultado foi
prejuízo em cima de prejuízo. Passados 8 anos qual é a relevância da Ceitec no
mercado mundial de chips?”
Em dezembro
de 2020, foi publicado o decreto de liquidação da Ceitec. Foi mais de uma década de prejuízo em cima de prejuízo.
Alguns estão tentando salvar a empresa falando em elevado capital intelectual.
Na prática,
este capital intelectual não gerou riqueza. Não adianta nada ter à disposição o
melhor recurso do planeta se não existir um plano que permita a exploração
correta do recurso.
Em 2018,
o fracasso da empresa era retumbante, mesmo assim foram preciso mais alguns
anos para perceber que a alta administração da Ceitec era incapaz de traçar um
rumo na direção da lucratividade.
A empresa
era irrelevante em 2018 e continuou irrelevante até a morte do CNPJ. Foram
bilhões de reais jogados no lixo. Nenhum resultado positivo foi gerado. Em
momento algum a empresa foi buscar o conhecimento do mercado.
Empresas competentes
criam ecossistemas envolvendo comunidades e pessoas de elevado saber. A Ceitec
nunca procurou com os especialistas em Tecnologia de Informações e Comunicações
onde estão os nichos mercado não explorados. Onde estão as oportunidades.
O elevado
capital intelectual não pode ser medido apenas por títulos e diplomas. É preciso
que o capital intelectual técnico seja complementado pelo conhecimento do mercado.
Tais
caminhos não foram buscados pelos governos brasileiros entre 2010 e 2020. Um
criou um elefante branco e outro resolver liquidar o elefante banco. Em nenhum
momento foi cogitado transformar o elefante banco em uma máquina de fazer
dinheiro. Triste realidade brasileira.