quarta-feira, 21 de abril de 2021

Home Office de novo? Essa não. Primeira Situação

No Brasil, existem muitos debates em torno da intangibilidade. Os argumentos raramente são baseados em fatos e números. Muitos dos falsos profetas ou negam os fatos (já vi gente negando os números do PIB da China e acreditando em teorias em que a NASA tem acesso a uma tecnologia extraterrestre de projeção de imagens) ou simplesmente inventam estudos usando o nome de universidades famosas (conheço uma pessoa que inventou um estudo da universidade de Michigan que dizia que as máscaras eram inúteis contra as doenças respiratórias, ou seja, novo coronavírus).

 

É evidente que é impossível debater de forma produtiva com pessoas que negam os números e inventam os fatos. A conversa com os falsos profetas é na pratica uma perda do tempo e dinheiro.

 

Existem no mínimo duas situações em que é muito claro os malefícios causados pelos falsos profetas. Na primeira situação, os falsos profetas viraram especialistas do home office e cantam aos quatro ventos que as empresas de tecnologia estão investindo em espaços físicos.

 

É fato que o home office é uma atividade que aumenta a produtividade do trabalho realizado. Também é fato que o home office exige determinadas competências e capacitações das pessoas e empresas.

 

Em outras palavras, o home office não é para todo mundo. Empresas que contratam funcionários despreparados que precisam da ajuda de outros para fazer o seu trabalho vão fracassar se adotarem o home office para este perfil profissional.

 

O home office exige profissionais que saibam trabalhar com independência ao mesmo tempo em que integram as suas decisões e ações ao trabalho coletivo da empresa. É preciso bom senso e capacidade analítica para trabalhar desta forma.

 

A empresa CVC revelou que apenas 2% dos seus funcionários permanecerão o dia todo no escritório. É o pessoal que cuida da operação, da tecnologia e da segurança. O espaço físico do escritório será reduzido para 30% do espaço original. Seis prédios serão concentrados em um só.

 

É uma meta bastante ambiciosa que exige um perfil profissional bastante específico para funcionar corretamente. É preciso contar com competência, capacidade e honestidade dos funcionários.

 

Muitos falsos profetas estão usando o artigo “Por que gigantes de tecnologia agora rejeitam trabalho remoto em tempo integral” (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/04/por-que-gigantes-de-tecnologia-agora-rejeitam-trabalho-remoto-em-tempo-integral.shtml, acessado em 21/04/2021) nas suas argumentações contra o home office.

 

O Jack Dorsey, cofundador do Twitter, foi muito claro quando ele afirmou que os funcionários do Twitter poderiam trabalhar de casa o tempo todo se desempenharem um papel que possa ser executado em casa e estiverem em uma situação que as atividades possam ser realizadas.

 

Existem condicionantes para o trabalho remoto e as empresas de tecnologia do vale do silício estão descobrindo o que funciona e o que não funciona. Este é o motivo por que elas estão investindo em espaços físicos e olhando o home office com os olhos do pragmatismo.

 

Na segunda situação ... (aguarde pela parte 2 da postagem)

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