O artigo “'Preciso da medicação': Ultrafarma atrasa entrega, e Procon notifica rede” (https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/03/01/ultrafarma-atrasa-entrega-de-remedios-e-e-notificada-pelo-procon-descaso.htm, acessado em 06/03/2024) revelou que as esteiras para separação dos produtos foram instaladas e testadas e mesmo assim existiram falhas.
O presidente
da Ultrafarma que assinou a nota explicando a instabilidade do sistema, revelou
que a sua organização falhou de forma estrutural de duas formas diferentes.
A
primeira falha grave é que o procedimento de teste das esteiras de separação
dos produtos foi inconsistente o suficiente para não captar a instabilidade ou ele
foi falacioso o suficiente para ignorar a instabilidade e mesmo assim colocar
na produção as esteiras.
A segunda
falha grave ocorreu no nível da competência do gerenciamento das mudanças. A disciplina
explica a importância de ter um plano de contingência caso uma mudança falhe.
A empresa
que foi notificada pelo Procon, escolheu o caminho mais fácil de fazer o cliente
pagar pela falha interna, ou seja, o real prejudicado foi o cliente que
precisava de um medicamento e ficou “a ver navios”.
No médio
e longo prazo, temos a revanche do consumidor, pois ele troca de fornecedor e
muitas vezes migra para uma multinacional que prima pela qualidade.
Já vimos
no passado, empresas centenárias “quebrarem” por causa de falhas internas que
não são admissíveis, por serem de solução tão elementar e simples.
A indústria
têxtil vem sofrendo com a concorrência internacional que está em um outro
patamar de qualidade. Lojas provisórias estão atraindo milhares de consumidores
enquanto lojas tradicionais estão à mingua de clientes.
No caso
da empresa notificada pelo Procon, existem graves falhas internas e mecanismo
de comunicação extremamente frágil, pois em momento algum foi dito quando o
problema seria resolvido.
É triste
ver empreendedores experientes falhando em temas tão básicos e elementares.
Espero que em breve, os sistemas de correção atuem em prol de “limpar” o
mercado nacional das fragilidades.
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