Apesar de todos os alertas emitidos por bancos, especialistas de segurança, blogueiros etc. a quantidade de golpes digitais bem-sucedidos vem aumentando no Brasil de forma preocupante.
A cada
dia vemos nos meios de comunicação um novo golpe digital, ou mais precisamente
uma nova roupagem para um velho golpe digital.
Muitas
empresas, escolas, entidades, organizações sociais, agências governamentais
etc. sofreram com o sequestro dos computadores e dados (ransomware).
Alguns conseguiram
restaurar o ambiente a partir de um backup, outros simplesmente pagaram e
tivemos casos de perda total (por exemplo, quem pagou e não recebeu a senha).
Muitos
ataques contra as empresas começam na central de atendimento. São ataques
sociais com pessoas se identificando como uma outra pessoa e conseguindo convencer
o analista para “zerar a senha”.
A bandidagem
faz a sua lição de casa e ataca de uma forma mais ou menos convincente. Os
relatos das conversas revelam que na maioria dos casos o analista foi
convencido através de argumentos fracos.
As perdas
corporativas e pessoais com os golpes digitais já estão em um nível significativo
em relação ao PIB brasileiro. É preciso interromper este ciclo com urgência,
pois algumas operações estão inviabilizando.
Quando questionado
sobre o assunto, eu recomendei a intensificação do uso da inteligência
artificial pela central de serviços para que exista uma melhor identificação de
quem está do outro lado e uma requalificação dos agentes.
Existem muitos
casos de argumentos frágeis convencerem as pessoas a fazerem o que os
malfeitores querem. São considerações desprovidas de lógica.
Um exemplo
de um ataque com argumento frágil. Uma pessoa recebeu um zap de uma pessoa se
passando por um parente e dizendo que o celular foi para conserto e por isto
trocou de número.
A solução
é só colocar o chip no telefone novo, ou seja, trocar de número não tem sentido
lógico. Em poucos minutos de conversa, o malfeitor inventa um problema bancário
e pede dinheiro.
Outros golpes
similares que são derivações do mesmo golpe. O golpe do falso sequestro, ou da
falsa venda, ou do investimento falso com ganhos exuberantes, ou da batida de
carro ou etc.
Estes e
mais uma grande quantidade de golpes são baseados em um novo número de
telefone. Ou em outras palavras, começou com a conversa que mudou o número
desconfie.
Nas centrais
de atendimento o número do telefone de quem está solicitando o “reset” de uma
senha não pode ser diferente do número usado normalmente pelo funcionário.
A inteligência
artificial (IA) é capaz de capturar esta informação e avisar o analista que a solicitação
é um possível golpe. Neste caso, a IA pode oferecer algumas perguntas que
permitem identificar a veracidade da solicitação.
No caso
das pessoas fingindo serem outras é uma pergunta pode resolver o problema de
identificar. Comente sobre uma pessoa que não existe no relacionamento entre as
partes e pergunte se tal pessoa foi acionada.
Se a
resposta for positiva é sinal que é um golpe em andamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário