segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Desemprego e tecnologia

Historicamente as tecnologias novas geraram desemprego para alguns e empregos para outros. Um exemplo clássico é a energia elétrica. A eletrificação das cidades gerou desemprego para os envolvidos na indústria de lampiões e vem gerando empregos em diversas áreas.

 

O saldo de empregos gerados pela energia elétrica é bastante positivo, apesar de ter sido negativo no curto prazo no momento de introdução da tecnologia na sociedade.

 

É muito difícil ir além da análise curto prazo de uma tecnologia em termos de geração de emprego e de riqueza. É muito mais fácil entender os impactos imediatos, no entanto, o bom senso exige que seja feito um esforço mental adicional.

 

É preciso fazer sempre a análise ao longo do tempo dos ganhos e perdas da introdução de uma tecnologia nova. No caso da inteligência artificial, muitos estão enfatizando os impactos de curto prazo e pouco ou nada está sendo dito sobre os impactos ao longo do ciclo de vida da tecnologia.

 

Rejeitar uma solução usando critérios emocionais como “lutei contra uma tecnologia porque ela gera desemprego no curto prazo” é tomar uma decisão com base no achismo.

 

Na era do conhecimento, o racionalismo está em alta. As decisões tomadas por achismos em geral levam ao fracasso de uma sociedade.

 

Existem diversos casos em que a análise de curto prazo foi adotada como verdade e os prejuízos foram gigantescos. Empresas faliram durante o estouro de algumas bolhas econômicas.

 

Por não acreditar na força do home office ou por acreditar no oculto e mágico, muitos estão perdendo dinheiro com as ações do “We Work”. Era óbvio que a virtualização do local de trabalho iria gerar impacto negativo nas empresas que alugam espaços presenciais.

 

A mídia dos Estados Unidos vem divulgando periodicamente o volume de espaços comerciais ociosos em locais como Manhattan. Muitos estão entregando edifícios para os bancos credores.

É evidente que vamos encontrar no caso do home office, casos de empresas gigantescas que estão forçando a volta para o escritório. O home office não é para todas as empresas e nem para todos os funcionários.

 

Existem casos e casos, e cada caso deve ser olhando isoladamente. No entanto, os que olham o todo com visão de alguns casos vão amargar as mesmas perdas que os investidores em empresas como a “We Work” estão tendo agora.

 

 

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