“Na campanha de 2018, o empresariado deu um cheque em branco a Jair Bolsonaro. Durante um encontro com presidenciáveis daquele ano, um representante do lobby da construção civil reclamou que as leis de preservação da natureza eram "uma parafernália". Sob aplausos, o candidato prometeu "vencer os problemas ambientais" se fosse eleito” (Elite empresarial aperta Bolsonaro para conter descaso ambiental, https://www1.folha.uol.com.br/colunas/bruno-boghossian/2020/07/elite-empresarial-aperta-bolsonaro-para-conter-descaso-ambiental.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail, acessado em 21/07/2020).
Na
campanha eleitoral de 2018, muitos empresários reclamavam que as leis ambientais
estavam prejudicando os seus negócios. Por causa disto, eles apoiaram a candidatura
do atual presidente do Brasil. No atual governo o desmatamento e as queimadas
batem recordes após recordes.
Os
donos da bufunfa grossa não gostaram nada disto, pois estão perdendo dinheiro
com os investimentos realizados no Brasil. Em diversos momentos eles mandaram
lembretes suaves sobre o assunto.
“Mais
de 18 marcas internacionais, como Timberland, Vans e Kipling, avaliam suspender
a compra de couro brasileiro devido às notícias relacionando as queimadas na
região amazônica com o agronegócio no país, segundo informações do CICB (Centro
das Indústrias de Curtumes do Brasil)” (Marcas como Timberland, Vans e Kipling
avaliam suspender compra de couro brasileiro, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08/marcas-como-timberland-vans-e-kipling-suspendem-compra-de-couro-brasileiro-diz-industria.shtml).
Em
agosto de 2019, grandes marcas internacionais avisaram o ministério do Meio
Ambiente sobre o problema das queimadas e como isto afetaria os negócios dos
grandes produtores com o Brasil.
Em
Setembro de 2019, o donos da bufunfa lançaram o “Investor statement on
deforestation and forest fires in the Amazon” ( https://media.folha.uol.com.br/mercado/2019/08/18/documento-fundos.pdf).
Foi mais um aviso sobre as reações dos investidores que estavam perdendo
dinheiro no Brasil.
Em
junho de 2020, os donos da bufunfa preta mandaram um recado mais contundente sobre
o problema do desmatamento e das queimadas. “29 gestores enviam carta a
embaixadas do Brasil para alertar sob problema, e membros do Parlamento Europeu
procuram Maia” (Fundos que administram US$ 4,1 tri em ativos pressionam Brasil
a combater desmatamento, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/06/investidores-e-deputados-da-ue-elevam-pressao-contra-desmatamento-no-brasil.shtml).
Os
empresários brasileiros entenderam que a reação ao que eles chamavam de “problemas
ambientais” foi menos negócios e mais prejuízos.
“Os
empresários também se mostraram preocupados com os efeitos da imagem do país
sobre a percepção do consumidor estrangeiro da produção brasileira. Mercados
mais exigentes, como o europeu, demandam garantias via acordos comerciais de
que o produto importado não tem origem em área desmatada -- pagando um valor
“prêmio” por isso” (Pressionado pela piora da imagem do Brasil no exterior,
grupo cobra ações concretas do governo, https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/07/empresarios-afirmam-a-mourao-que-desmatamento-reduziu-investimentos.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail).
A
falta de uma visão estratégica analisando as ações e reações fez a questão
ambiental vai crescer para um tamanho onde as vendas ficaram mais difíceis. Muitas
empresas estão com enormes dificuldades para entrar nos mercados estrangeiros
por causa da devastação.
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