“Trabalhar
remotamente em casa será uma atividade cada vez mais produtiva e eficiente.
Trabalhos fabris, repetitivos e mecânicos, serão feitos por robôs, desobrigando
os mais pobres de imitar Moisés com travessias laboriosas” (Lucro com propósito
e pesquisa colaborativa devem sair fortalecidos da pandemia, https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2020/04/lucro-com-proposito-e-pesquisa-colaborativa-devem-sair-fortalecidos-da-pandemia.shtml?origin=folha,
acessado em 21/04/2020).
Infelizmente,
os olhos do atraso impedem a observação de todos os fenômenos simultaneamente.
São olhos do achismo, da soberba e do pensamento parcial. Os pensadores mais
gabaritados enxergam a grande pintura e afirmam que o home office veio para
ficar. Estes olhos enxergam lucros robustos de longo prazo.
“Acho
que dá menos prejuízo ficar fechado. Está às moscas. Eu esperava algo melhor”,
afirma Tito Bessa Junior, presidente da Ablos (associação de lojistas de menor
porte de shoppings) e dono da rede de moda (TNG Ficar fechado dá menos
prejuízo, diz dono de loja, https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2020/04/ficar-fechado-da-menos-prejuizo-diz-dono-de-loja.shtml?origin=folha, acessado em
21/04/2020).
Na
terceira parte do artigo foi abordada a primeira das microtendências da
sociedade pós quarentena. Ou seja, como o comportamento individual alimentará o
comportamento coletivo da sociedade e vice versa.
É
fácil perceber que existe uma enorme quantidade de perguntas não respondidas
sobre qual será o comportamento das pessoas e qual será o impacto do
comportamento na economia brasileira.
Nos
casos onde já ocorreram alguma forma de relaxamento da quarentena é possível
olhar na pratica o que poderá ocorrer. É muito importante destacar neste
momento que estamos falando de um futuro que não foi escrito ainda. Em outras
palavras, não é possível extrapolar que está ocorrendo em algumas cidades para
todo o país.
Não
existem respostas prontas. No máximo existem apenas algumas tendências de
comportamento que poderão ocorrer. Um bom exemplo da imprevisibilidade do
comportamento é o caso do estado de São Paulo. Antes da decretação do
fechamento dos shoppings, as lojas já estavam sem faturamento por vários dias.
“Empresas
dizem que já estavam sem faturamento há dias, mesmo com portas abertas” (Redes
de moda sentiram alívio após Doria mandar fechar shoppings, https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2020/03/redes-de-moda-sentiram-alivio-apos-doria-mandar-fechar-shoppings.shtml).
A
construção do futuro depende das respostas dos indivíduos e da sociedade para os
desafios pós quarentena. Quanto for maior o grau da falta de credibilidade das
autoridades públicas, maior será o medo da população em sair de casa.
Infelizmente
apenas alguns líderes estão sendo capazes de transmitir conforto verdadeiro
para a população. Aqui no Brasil, as lideranças transparentes e honestas são
raras. Se o medo da população for muito elevado (mais de 50% das pessoas acimas
de 60 anos com receio de sair de casa) isto pode desertificar os shoppings e o comercio
físico.
Metrô
de Madri transportará apenas 30% dos passageiros após quarentena (https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2020/04/22/metro-de-madri-transportara-apenas-30-dos-passageiros-apos-quarentena.htm).
Como
ficará a dinâmica das cidades brasileiras se o transporte público transportar
apenas 30% dos passageiros? Como ficará a economia local? Nas capitais mais
populosas do Brasil, parar o metro significa parar a cidade. Parar a cidade de
São Paulo, significa parar a economia brasileira.
“Cada
vez mais a loja física vai ficar muito focada em experiência, no envolvimento
do consumidor, enquanto o on-line suportará a questão de conveniência” (Para
convidados do IT ForOn Breakouts, conveniência é caminho sem volta, https://cio.com.br/para-convidados-do-it-foron-breaktous-conveniencia-e-caminho-sem-volta/).
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