Recentemente eu entrei numa loja de uma rede de
suprimentos na Avenida Paulista e perguntei sobre uma impressora Laser que iria
adquirir. O vendedor que me atendeu era muito solicito e esclareceu as minhas
dúvidas técnicas. Realmente era o produto que necessitava para a minha casa. O
preço era bem convidativo e só faltava um aspecto para fechar negócio. O preço
de um toner novo. O vendedor ao me ver comparando o preço do toner novo com o
valor da impressora apressadamente me interrompeu e mostrou que a conta que eu
devo fazer é o preço de uma impressão que é o resultado do preço do toner pela
quantidade impressões.
Depois que o vendedor insistiu no seu discurso
surrado do custo da impressão, eu desisti de explicar que é preciso considerar
a depreciação da impressora na conta. E também que o custo que aparece na
tabela dele é o custo médio. Ao ser questionado sobre qual é a variabilidade do
custo, ele demonstrou total desconhecimento sobre o assunto. Como ele estava
mais interessado em vender me enganando do que em oferecer informações corretas,
eu desisti da compra naquela loja. O sentimento de ser enganado falou mais alto
do que a minha necessidade. Poucos dias depois eu comprei a impressora em outra
loja da mesma rede de lojas sem falar com os vendedores.
Algum tempo depois, no dia 30 de agosto de 2017
estava assistindo no canal Sony o programa Shark
Tank
Brasil e um dos participantes apresentava a sua empresa para os jurados. No
caso era um produto alimentício onde os empreendedores afirmaram que o custo de
produção unitário era de R$ 6,00 e o preço de venda era de R$ 11,00. E eles
fizeram a avaliação do valor do negócio em cima da margem de lucro de R$ 5. Os
jurados investidores perguntaram várias vezes sobre a margem lucro.
Depois de várias perguntas e de diversas respostas
vagas, os empreendedores finalmente esclareceram que o custo de R$ 6,00 era
apenas o custo variável unitário do produto e que os custos fixos seriam pagos
pela margem de lucro de cinco reais. É evidente, neste caso, que a margem de
lucro não é de R$ 5,00. É também é bastante claro que
a avaliação da empresa não pode ser feita com base na falsa margem de lucro de R$
5,00.
Nenhum dos jurados aceitou investir nesta
empresa. A causa da recusa, não foi o produto, pois ele era muito bom.
Inexistiu interesse em investimento, porque os empreendedores mentiram e
tentaram enganar os jurados. As empresas precisam estar atentas com vendedores
mentirosos, porque é a marca dela que fica queimada junto ao cliente. Em alguns
casos, o conflito é tão grande e intenso que os clientes viram inimigos da
marca.
Eu em particular adquiri, por causa de
funcionários mentirosos, ojeriza por duas marcas. Uma é um grande banco internacional
e outra é uma grande operadora mundial de telecomunicações. Toda vez que aporto
capital em uma empresa, eu exijo que a mesma encerre o seu relacionamento
comercial com estas duas marcas. Para os empresários que recebem o meu capital
de investimento, não é um grande drama, porque estamos falando de empresas
desonestas e incompetentes. Como conclusão final. Claramente a mentira não gera
vendas.
Professor: já que o senhor já tinha informações técnicas e sobre o custo e depreciação do produto, por qual motivo não optou pela compra online?
ResponderExcluirA compra na loja física permite a obtenção imediata do bem desejado. é pagar e levar. Eu prefiro pesquisar na internet sobre o produto e comprar na loja física para não ter que esperar pelo prazo de entrega. Preferência pessoal. É claro.
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