Home office
Em diversos
momentos este blog destacou que o home office aumenta a produtividade da
empresa. Tal afirmação foi contestada em diversos momentos por aqueles que evitam
a análise de fatos e informações e buscam análises baseadas na intuição (ou
seja, achismo ou chutes).
Mais uma
vez o capital intelectual, mostrou a superioridade das suas projeções e o estudo
recentemente divulgado da FGV/IBRE revelou que os empregadores encontraram
ganhos de cerca de 30% na produtividade dos trabalhadores em home office.
Em diversos
setores da economia, ganhos de produtividade nesta escala garantem uma elevada vantagem
competitiva em relação aos seus concorrentes.
Na indústria
de software e de serviços de suporte de tecnologia em que o maior custo é o da
mão de obra, um ganho de produtividade do trabalhador de 30% faz enorme
diferença nas acirradas disputas do mercado.
O estudo
confirmou o acerto das afirmações deste blog em relação ao fato de que o home
office não é para todas as empresas e nem para todos os funcionários.
Existem
sim diversas barreiras de entrada para o trabalho remoto e a qualificação técnica
e comportamental é a maior barreira.
O estudo da
FGV/IBRE analisou o home office pós pandemia, ou seja, anos 2022 e 2023 e revelou
que os maiores ganhos de produtividade foram alcançados nestes anos, porque o
trabalho remoto foi direcionado para trabalhadores específicos que executam
atividades determinadas, exatamente o que blog afirmou no começo da pandemia.
Quem
quiser conferir os números do estudo e os seus respectivos detalhes pode
acessar o endereço AGORA CNN - TARDE |
04/02/2024 (youtube.com) (acessado
em 21/02/2024) e posicionar o botão do cursor do tempo em 1:11:29.
Etarismo ou
preconceito contra o cabelo branco
O artigo “Fui
demitida depois dos 40. E agora? Veja estratégias para montar um plano de ação
e conseguir a recolocação ou dar início a um empreendimento” (https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ana-fontes/2024/02/fui-demitida-depois-dos-40-e-agora.shtml,
acessão em 21/02/2024) afirmou que “ninguém está muito preocupado em incluir
pessoas 50+ nos espaços de trabalho” e perguntou “Em que momento mulheres com
seus 30 anos já estão sendo consideradas ‘’velhas’’?”.
A autora
afirmou no texto que muitas mulheres demitidas por causa da idade não conseguem
retornar ao mercado de trabalho e que o empreendedorismo é a válvula de escape
para os impactados pelo etarismo no Brasil.
A Ana
Fontes que é Vice-presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil e membro
do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da
República não falou sobre uma das mais graves consequências do etarismo na
economia nacional.
Muitos
profissionais altamente qualificados (ou todos) que são demitidos por causa da
idade, passam a executar atividades triviais no empreendedorismo.
Em geral
são atividades relacionadas com vendas ou com a gestão de um pequeno negócio
que em pouco tempo serão executadas por uma inteligência artificial.
O etarismo
em voga no Brasil desde o final dos anos 1980 fez o país perder cérebros brilhantes
e qualificações raras. Não é preciso fazer um estudo complexo para perceber os
efeitos nefastos do preconceito no emprego.
Uma rápida
análise do PIB nominal e do PIB per capita desde 1980 revela resultados medíocres
e preocupantes. A concentração de renda aumentou e o Brasil perdeu competividade
em diversos mercados.
A tese de
que os mais velhos (em alguns casos acima de 30 anos) não conseguem acompanhar
os avanços da tecnologia é completamente desmentida pelos fatos.
Diversos setores
da economia nacional estão enfrentando graves dificuldades em relação aos
concorrentes internacionais que valorizam a competência e capacidade sem se
importar com a idade.
Empresas americanas
e chinesas que entraram recentemente no Brasil, destronaram as gigantes
nacionais e levaram diversas empresas centenárias como a Saraiva e Livraria
Cultura para a recuperação judicial.
Diversas
empresas do segmento de transporte estão em recuperação judicial, porque não
conseguiram encontrar caminhos viáveis para a sua operação.
No segmento
da saúde, as perdas, desperdícios e fraudes geraram bilhões de prejuízo para as
empresas e diversas delas pagaram milhões de dólares para recuperar os seus próprios
dados.
A escala
de evolução do ransomware no Brasil revela que a estratégia de contratação da
mão de obra no Brasil não resultou em maior capacidade para enfrentar os
desafios da era digital.
Decisões
baseadas em achismo ou na intuição para a contratação e manutenção da mão de
obra nacional estão destruindo diversos setores da economia e gerando graves distorções
sociais.
Uma das consequências
das distorções sociais é o fato de que cerca de 70% dos brasileiros já sofreram
algum tipo de golpe digital. É um número muito alto.
Espero que
a postagem crie um sentimento de revisão da estratégia de contratação e
manutenção da mão de obra no Brasil antes que a inteligência artificial cumpra
o seu papel de inviabilizar diversas atividades humanas.
O blog
tem a certeza de que a mesma pressão que gerou leis para proteger os empregos
dos frentistas dos postos de gasolina vai existir para outras atividades.
Infelizmente
este cabedal de leis gera apenas pobreza, distorção social e concentração de
renda.