Agradeço muito o apoio, participação e colaboração dos amigos na extraordinária repercussão das minhas palestras sobre retorno de investimento. Foi buscado um novo formato e alcançado raro sucesso junto aos cabeças de TI (Tecnologia de Informações). As apresentações tiveram a participação de segmentos da sociedade totalmente diferentes em termos de renda, idade, geografia, comportamento e etc., com clara atitude e agenda comum.
A agenda foi totalmente dominada pela questão do retorno de investimento e capital intelectual e a questão do CABEÇA DE TI virou obrigação como perfil de atitude profissional. O retorno de investimento é sem sombra de dúvida a arma de matança em massa dos cabeças de TD (Tecnologia de dados), pois não existe retorno de investimento, apenas custo sem capital intelectual.
O tema cabeças de TI ganhou muito espaço junto aos lideres com que trabalhamos em função dos resultados alcançados no ano da grande crise. Fomos obrigados a buscar capital intelectual no exterior, e espero que para a próxima copa e olimpíada a presença dos profissionais de talento no mercado nacional seja em quantidade adequada.
A questão do capital intelectual deixou de ser um assunto restrito e vêm ganhando cada vez mais espaço na pauta na imprensa escrita. A repercussão entre as lideranças nacionais também vem sendo bastante positiva. As matérias da revista Época e Folha de São Paulo mostram que a conta da falta de retorno de investimento e capital intelectual esta sendo socializada e paga por todos nós de forma invisível e desconhecida.
No caso Danone publicado na revista Época 627, a conta da economia de curto prazo da escolha do fornecedor resultou em atraso na entrega da reforma da fábrica (quem acha que a conta foi apenas da multinacional, lembro que os empregos gerados foram atrasados impactando tanto a economia local como nacional), em pagamento de valores trabalhistas fora do planejado e em fracasso no retorno de investimento do projeto. Varias CABEÇAS DE TD rolaram pelo resultado pobre alcançado e pela inexistência das economias prometidas.
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A Danone livrou-se de desastre
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI142205-15215,00-VAMOS+COMBINAR.html
Vamos Combinar
Notícias sobre Política, Economia, Negócios e Cultura
Paulo Moreira Leite Com Murilo Ramos, em Brasília, e Julio Lamas, em São Paulo
Depois de investir R$ 60 milhões na reforma de uma fábrica de iogurte em Maracanaú, no Ceará, a multinacional Danone, uma das maiores do mundo na produção de derivados de leite, acaba de se recuperar num negócio que ameaçava transformar-se em desastre.
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A mesma revista mostra na matéria de capa o peso dos impostos na formação dos preços dos produtos e serviços no Brasil. Basicamente tudo é mais caro por aqui em relação ao resto do mundo. Nem mesmo a lenda do famigerado elevado custo da mão de obra brasileira consegue sobreviver na comparação. O custo sem impostos no Brasil consegue ser para muitos dos produtos avaliados maior que o custo com todos os impostos em países de salário muito maior que a nosso. A questão aqui é a tradicional produtividade.
A conta da produtividade fica evidente no artigo recente da Folha de São Paulo de 04 de Julho de 2010, onde os números consolidados são apresentados. A atual renda per capta é menor que a do ano de 1980 em função da menor produtividade provocada pelas restrições dos CABEÇAS DE TD.
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Comparado a EUA, poder de compra retrocede no Brasil
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/761622-comparado-a-eua-poder-de-compra-retrocede-no-brasil.shtml
Jornal Folha de São Paulo, Domingo 04/07/2010 Caderno Mercado B1 e B3
Érica Fraga de São Paulo
O Brasil teve crescimento econômico maior que o dos Estados Unidos nos últimos seis anos. Cerca de 19 milhões de pessoas deixaram de viver na pobreza entre 2003 e 2008. Ainda assim, a enorme diferença de nível de renda que separa brasileiros e norte-americanos é maior agora do que em 1980.
O PIB (Produto Interno Bruto) per capita do Brasil medido em PPC (paridade do poder de compra) era de US$ 10.514 em 2009, equivalente a 22,7% do mesmo indicador para os Estados Unidos. O percentual módico aumentou em anos recentes, mas segue menor que os 30,5% registrados em 1980, segundo dados do FMI (Fundo Monetário Internacional). Ou seja, em termos relativos, os brasileiros são mais pobres que os norte-americanos hoje do que há 30 anos.
PRODUTIVIDADE
Segundo José Márcio Camargo, economista da Opus Gestão de Recursos e professor da PUC-RJ, a convergência econômica ocorre normalmente depois de um período de forte crescimento de produtividade (medida importante de eficiência de uma economia).
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A recente matéria da Agencia O Globo/Henrique Gomes Batista de 28/05/2010 “BID: queda de produtividade nos últimos 50 anos reduz renda no Brasil” mostra em detalhes como regredimos em termos de produtividade. Os artigos da Folha de São Paulo ilustram com muita clareza como foi possível trabalhar muito mais e simplesmente andar para trás via danos do invólucro limitado do capital intelectual dos cabeças de TD. O crescimento do PIB não resultou em progresso, e estamos lutando para retornar ao cenário brasileiro de 30 anos atrás.
Em geral os cabeças de TD justificam a perda da renda afirmando que ela é consequência do mercado. Quando são apresentados os números da China, Índia, Correia e Chile a explicação deles avança na extravagancia, pois como se fosse um coro único, eles afirmam que o crescimento destes países vem de trabalho escravo ou péssimas condições.
Quando finalmente chegam os números da renda per capta destas economias, eles dão mais um passo na direção da insanidade, pois respondem em coro uníssono que não acreditam nos números. Nem mesmo quando é comentado que o BRICs esta próximo de perder o B os cabeças de TD se tocam. Como eles sempre socializam as perdas dividindo os prejuízos com todos nós é evidente porque existe este discurso sem pé nem cabeça. Eles não precisam pensar, ficam com a renda gerada e dividem as perdas.
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País perde US$ 15 bi com má formação de engenheiro
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/754351-pais-perde-us-15-bi-com-ma-formacao-de-engenheiro.shtml
Jornal Folha de São Paulo, Segunda Feira 21/06/2010 Caderno Mercado B1
Agnaldo Brito de São Paulo
Cálculos de entidades de engenharia mostram que o país perde US$ 15 bilhões (R$ 26,5 bilhões) por ano com falhas nos projetos das obras públicas. A cifra, equivalente a 1% do PIB, foi apresentada em encontro nacional de engenheiros, em Curitiba, na semana passada.
Guerra
Em 2003, a formação de um engenheiro custava US$ 25 mil. Hoje, US$ 40 mil, diz a IBM, uma das empresas que mais contrataram engenheiros e técnicos de computação desde quando o Brasil tornou-se base mundial para oferta de serviços.
Essa escassez já atinge a competitividade brasileira. "Em 2009, exportamos US$ 1,5 bilhão em serviços. Só a IBM respondeu por US$ 500 milhões. A Índia exportou US$ 25 bilhões", disse Paulo Portela, vice-presidente de Serviços da IBM, em seminário promovido pela Amcham, em São Paulo.
Evasão
O diagnóstico da realidade nos 1.374 cursos no país mostra que a evasão nos cursos de engenharia é de 80%; dos 150 mil que ingressam no primeiro ano, 30 mil se formam.
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Sem oferta, indústria "caça" engenheiro
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2106201002.htm
Jornal Folha de São Paulo, Segunda Feira 21/06/2010 Caderno Mercado B4
De São Paulo
"Só um 1 em cada 4 possui formação adequada. O Brasil forma menos de 10 mil engenheiros com competência e esses são disputados pelas empresas", diz José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica da USP, uma das mais importantes faculdades de engenharia do país.
Acordo
Com planos para criar centros de pesquisa no Brasil, General Electric e IBM correm para atrair profissionais. A IBM vai repatriar 50 cientistas brasileiros.
Iniciativas
Jacques Marcovitch, professor da USP, listou iniciativas com o objetivo de modernizar a engenharia nacional em documento a ser entregue pela Amcham (Câmara Americana de Comércio) aos presidenciáveis.
O desafio de todas é inverter a avaliação atual do diretor da Poli, José Roberto Cardoso: "Engenheiros de menos. Escolas de mais".
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A destruição da engenharia nacional iniciada nos anos 1980 e as perdas provocadas pela engenharia nas contas públicas representam o clássico caso de cabeça de TD. Este ano, as perdas representam o extravagante valor de 1% do PIB. Como a capacidade de investimento do governo federal em um bom ano eleitoral é de 1,25% do PIB fica claro porque precisamos ter super impostos para fechar as contas.
Em 1989 os impostos correspondiam 22,16% do PIB e os investimentos do governo federal eram de 0,68% do PIB e em 2009 os impostos foram de 35% do PIB e os investimentos do governo federal de 0,74% do PIB. Os números são frios e mostram porque o Brasil é o único pais no mundo posicionado no quadrante baixa renda per capita e elevado nível de impostos da revista Época 627.
O grande problema das perdas e desperdícios geradas pelos cabeças de TD é que elas são devidamente socializadas e pagas por todos. Este é o motivo porque pagamos mais caro por produtos e serviços de qualidade inferior. Basta ver que a tarifa média de um pacote de celular sem impostos paga por nós é de R$ 32,30 enquanto a tarifa dos Estados Unidos com todos os impostos e e pagando salários muito maiores é ligeiramente acima de R$ 20,00 e a média dos países comparados é de R$ 29,00. O relatório SOFTWARE E SERVIÇOS DE TI: A INDÚSTRIA BRASILEIRA EM PERSPECTIVA publicado no endereço http://publicacao.observatorio.softex.br/_publicacoes/ mostra em detalhes a perda de produtividade da industria nacional de TI.
Os que pensam que a atitude cabeça de TI é privilegio exclusivo dos profissionais de tecnologia estão assistindo de camarote a tolice da afirmação. O artigo da Folha de São Paulo “Empresa paga médico top ‘por fora’ a empregado”, mostra os cabeças de TI agindo em outros setores.
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Empresas pagam médico top "por fora" para funcionários
Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2806201013.htm
Jornal Folha de São Paulo, Segunda Feira 28/06/2010 Caderno Cotidiano C4
Ricardo Westin de São Paulo
Prática evita que empregados percam tempo com médicos ineficazes oferecidos pelos planos de saúde
Algumas grandes empresas já não oferecem a seus funcionários só o plano de saúde tradicional. Decidiram pôr à disposição médicos e hospitais extras, muitos de altíssimo nível.
"Você vai ao médico do convênio, e ele pede dez exames, sem objetivos definidos. Aí você não gosta, vai a outro, que pede mais 20 exames. Enquanto isso, o tempo passa, dinheiro é desperdiçado e seu problema não é resolvido", diz o diretor de saúde da Vivo, Michel Daud.
GASTOS
O investimento em médicos e hospitais qualificados vai na contramão das políticas de redução de custos das operadoras de plano de saúde, como negar exames e cirurgias, enxugar a rede credenciada e oferecer honorários médicos defasados.
"Esse tipo de corte resolve apenas no curto prazo. Mas, no médio e no longo prazo, a situação piora", diz Vera Saicali, diretora de recursos humano do HSBC.
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No passado recente muitos gestores de RH trocaram equivocadamente a mais valia de longo prazo pela menos valia de curto prazo e menor custo aparente. Foram precisos muitas demissões e contratação de novos gestores para que fosse percebido algo bem simples. O menor custo de curtíssimo prazo na política de saúde dos funcionários gerou em pouco tempo um violento aumento de custo pela necessidade de diversos exames desnecessários e retrabalhos de consultas médicas. O tempo desperdiçado na cura de coisas simples vem custando fortunas em termos de produtividade corporativa.
Os novos gestores com foco em informações perceberam isto e acertaram os custos de curtíssimo prazo e colheram resultados extraordinários no curto e médio prazo. É óbvio que o sucesso e lucro veio apenas quando os cabeças de TD foram devidamente decapitados e foi entendido que comprar um elefante por um real não significava uma boa gestão. Comprar no mundo corporativo algo desnecessário ou que não funciona é o mesmo que adquirir um elefante por um real. Apenas os jurássicos cabeças de TD pensam que este tipo de altitude gera lucro. Lamentavelmente para eles, os fatos destroem completamente este tipo de visão.
Na área de tecnologia e central de atendimento os cabeças de TD, também estão com os dias contados. O relatório “The Digital Universe Decade” da EMC e IDC mostra que estamos em um ciclo de redução da quantidade de mão de obra de TI e maior necessidade de capital intelectual individual e coletivo. Os caçadores de retorno de investimento em TI podem encontrar o relatório em http://www.emc.com/collateral/demos/microsites/idc-digital-universe/iview.htm. O crescente aumento do volume das informações é o fator alavancador da maior necessidade de inteligência em TI.
Recentemente participei de um processo, onde um gestor de central de atendimento apresentou um resultado de enorme crescimento do indicador resolução no primeiro atendimento e retorno de investimento. O cabeça de TD que esperava promoção pelo “brilhante” trabalho, acabou recebendo um bilhete de demissão. A solução adotada de desligar e ligar o equipamento ou serviço com falha realmente resolveu a questão da resolução no primeiro contato, mas ela gerou um enorme aumento no custo de operação da empresa.
Muitos não entendem que os investidores não querem ter nas empresas investidas profissionais ou pseudo empresas jurídicas que são apenas burladores das leis trabalhistas ou gente que pensa apenas em dados. Eles buscam as empresas que contratam os 25% dos reais engenheiros. As empresas que contratam os outros 75% que apenas tem um papel dizendo que são engenheiros e por isto aceitam baixos salários simplesmente não nos interessam.
CONCLUSÃO
O quebra cabeça do cabeça de TI pode ser resumido na sua plenitude no artigo “Computador novo fica encostado em DP”, publicado no jornal Folha de São Paulo da segunda feira dia 05 de Julho de 2010.
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Computador novo fica “encostado” em DP
Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0507201011.htm
Jornal Folha de São Paulo, Segunda Feira 05/07/2010 Caderno Cotidiano C5
Afonso Benites de São Paulo
Das 15 mil máquinas compradas e instaladas desde dezembro, 10 mil têm sistema operacional Linux. O problema é que softwares para fazer interceptações telefônicas e reconhecimento de suspeitos, entre outros, só são compatíveis com a plataforma Windows, da Microsoft.
A Associação dos Delegados de SP elogia o uso de softwares gratuitos, mas diz que, antes, é preciso adaptar o sistema de investigação e dar treinamento aos policiais.
“Quando não temos um usuário habilitado, perdemos muito tempo explicando o funcionamento do sistema. Esse tempo poderia ser gasto com a investigação”, disse o secretário-geral da associação, Alan Bazalha Lopes.
PROGRAMAS
Dos seis principais programas da polícia, três não são compatíveis com Linux. O Guardião (de interceptação telefônica) e o Ômega (pesquisa no banco de dados da polícia) exigem Windows.
OUTRO LADO
Quem diz que há computadores encostados em delegacias age de má-fé, diz o diretor de tecnologia da informação do Dipol, André Dahmer.
De acordo com o delegado, há uma rejeição por parte dos policiais que ainda não entendem o sistema Linux.
Diante das mudanças, diz Dahmer, o Dipol passou a treinar os policiais.
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Existe algum sentido um policial entender Linux? Tem sentido re-treinar policiais porque no imaginário de alguns será economizado dinheiro? Qual o custo real e total do treinamento em termos de repressão ao crime? O secretário-geral da Associação dos Delegados de SP afirma na matéria “perdemos muito tempo explicando o funcionamento do sistema”.
É mais um caso onde um cabeça de TD gerou enorme perda que será paga por todos nos e fica com a renda. A extinção dos dinossauros foi mais fácil do que vem sendo a decapitação dos jurássicos cabeças de TD. Quanto maior a sobrevida destes dinossauros brasileiros maior será a conta.